Do Correio da Madeira para as Redes Sociais


H oje termina a campanha eleitoral. Mas a loucura prossegue! Sob ameaças, bloqueios de perfis, bloqueio de textos, um dicionário completo e actualizado de vernáculos, e mais ameaças são realidade. Mas boa disposição não faltou. A Opinião Pública está de saúde mas a Democracia, como "posto de trabalho", não. Infesta todos os ambientes, é este o problema, a democracia como emprego e não como disponibilidade para contribuir para a causa pública, por um período, para depois regressar à profissão. Aqui nasce a crispação de alguns. A Democracia doentia de permanência por décadas sem alternância tolda cabeças. O guia é o mérito e a Justiça, a decisão cabe às eleições.

Na verdade, pensamos que inauguramos uma nova era na forma de comunicar, justamente promovida por aqueles que bloqueiam. O problema é que o povo resolveu o enigma, qual água a transpor obstáculos riacho abaixo e, o que nos parece, alheios a resultados, é que as redes sociais são apesar de tudo as mais genuínas fontes do sentir da comunidade. Nesta eleição alguns sentiram um levantamento incomum. Em comparação, alguma informação "apropriada" deu valentes tiros nos pés.

A desestabilização das posições cómodas, das mordomias, das inverdades, do silenciamento, do medo e de todos aqueles que desligam o funcionamento das instituições, estão perante um facto novo. O povo começou a agir para ver os seus assuntos resolvidos, é o objectivo. E se as instituições não funcionarem, o povo deve denunciar. A pressão pública deve aumentar perante a instabilidade dos pilares da democracia e o ambiente de mentira. Nesta campanha eleitoral, julgamos que todos entenderam o vício da mentira até onde chega. Foi uma amostra.

Como sempre e a cada eleição, dizemos que não somos adeptos de ninguém, a plataforma, a não ser da população e, cada vez menos, alguns acreditam que os textos que chegam saem, tentam arranjar um facto mas não são bem sucedidos. O problema não é o CM, o problema é que há uma parte que dá por garantida a sua fórmula de sucesso e que não admite palcos neutros, dá falta de comparência e depois, com a raiva do sucesso dos outros, desatam nas reacções primárias. É simples, este é um site de opinião, qualquer opinião e, se discorda, escreva! Não vamos compactuar com caciques do silenciamento, a Opinião Pública e a Democracia merece mais. Estavam muito mal habituados no "cantinho do céu".