As eleições que mudaram o campo de batalha

O s jornais da Região têm ostentado a bandeira da credibilidade informativa para lutar contra tudo aquilo que, segundo eles, são seus inimigos. No entanto, importa observar que no dia em que qualquer um deles entra para o regime, esse valor já não pode ser reclamado. Comprar um órgão de comunicação social é um acto de responsabilidade, o empresário tem que levar uma carga de idoneidade a toda a prova. O dinheiro não compra isso.

Assiste-se diariamente a uma ostentação do expediente para se dizer que se governa, as imprecisões acumulam-se em todas as áreas ao ponto de, cada um, profissionalmente, detectar erros, lacunas, fretes, estabelecendo no conjunto da sociedade, que lê jornais, um padrão de descrença à partida.

A campanha eleitoral está a mostrar a essência de muitos e, uma vez mais, por necessidade extrema, caem que nem patos (bravos) na situação que têm evitado, o aproveitamento político e a instrumentalização para negócios. Os jornais da região deixaram de dar notícias puras e análise isentas, em larga maioria, e tudo tem a ver com quem se escolhe, para passarem a ser um instrumento que tenta convencer os cidadãos para interesses de empresários e políticos. Os articulistas exibem-se, os jornalistas são queridos, precisam do vencimento. Cada edição, sob o ponto de vista dos consumidores, faz alterar hábitos e condenar a sustentabilidade dos projectos. Os jornais estão cada vez mais condenados à subsídio-dependência através dos circuitos DDT-GR, numa economia anémica, num modelo retrógrado e com governo autoritário. Como se pode apelar à isenção?

O problema é que está a correr mal a todos e a informação caiu na rua, nas redes sociais através dos comentários às notícias que desafiam as inverdades. É observação geral o teor dos comentários que por aí andam. Foi um péssimo serviço este que, mais uma vez, a política e os DDT fizeram à Região, com o vício de tudo querer controlar, porque há dinheiro do Orçamento da Região instrumentalizado.

Começa a ser ridículo o circuito dos interessados em comentar em causa própria na Via Sacra por vários órgãos de comunicação social, porque estão certificados pelo regime. Mais triste ainda é não perceberem, ou não quererem aceitar, que estão "queimados" e que o povo não os suporta, o que torna as doses cavalares de presença nos mais diversos órgãos de comunicação social, para se promover, um eterno vómito na sociedade e que acabam  por bloquear mentalmente os órgãos que lhes dão guarida.

A comunicação social está a matar a informação por overdose e prosseguirá com o exibicionismo de políticos e patos bravos para saturar ainda mais o consumidor de notícias, há muito dinheiro para manter a estupidez do poder.

Pode ser que estas Autárquicas tornem palpável o que a overdose provoca. Os resultados também serão um teste à comunicação social e às redes sociais. Durante toda esta campanha eleitoral e do que falta não há esperanças, o eleitor tem sido tratado como um mentecapto pouco exigente, que se embevece com porrada primária.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 5 de Setembro de 2021
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