Sobre o incêndio de Machico, dizendo verdades com calma.

 

As fotos que envio foram retiradas do JM, a quem envio um elogio ... por dar a notícia.
Lembrem-se que proteger gente incompetente pode trazer, a cada um, um dia de catástrofe.

O incêndio de Machico está a retornar velhas recordações de aflição na Madeira, podemos achar que só acontece com os outros mas não é verdade, por muito que nos isolem mentalmente, a natureza vem e diz que fazemos parte do mesmo planeta Terra. Já vínhamos a ver alterações climáticas, por senso comum sentimos, os que têm mais idade comparam com o passado mas, quando vemos principalmente os senhores da meteorologia cá, parece que têm medo de aceitar os factos, suportados em dados recolhidos não sei como e que dizem que não é tão evidente. Quando isto acontece, penso no radar meteorológico que construíram no Porto Santo e que tantas vezes achamos que não trouxe o pormenor que se desejava nos avisos necessários. Sim avisaram do tempo quente mas falo muito mais além. Dizem que o radar é cego para sul da Madeira, porque as montanhas interferem. Esta posição dúbia interpreto-a como tendo dois objectivos na mesma meteorologia. Uma é a economicista, do tipo não fazer as pessoas ter medo de andar de avião pela maior incidência de inoperacionalidade, entre outras mas, que depois estraga tudo quando vendemos uma "Ilha Tropical", através do nosso secretário do turismo e que é um erro porque, tal como os mega-hotéis, também esta ideia muda o nosso turismo para pior ... e já o temos. Ilha Tropical já é mais idílico do que a nossa natureza? Têm vergonha da Laurissilva e querem coqueiros? E também querem as borrascas tropicais com a falta de prevenção, aterros e loucuras betonadas nas ribeiras, quais máquinas projectadas para sacar inertes? Por outro lado temos a meteorologia pura, que analisa factos, é dessa que gostaria de sempre ouvir, sem branquear ou se refugiar que "os dados não dizem isso".

Predominantemente, os ventos que vêm de norte pelo Atlântico abaixo, encontram o obstáculo chamado Madeira, as montanhas cobrem o sul desta exposição mas o ventos contornam pela Ponta do Pargo, pelo cimo das montanhas e pela Ponta de São Lourenço. É por isso que temos tanta incidência de ventos no nosso aeroporto, quando estiver lá, imagine uma linha de vista com a Ponta de São Lourenço e conclua. Por esta razão, na altitude e nos limites Este e Oeste da ilha, os concelhos e suas populações devem pensar num risco adicional se for gerada uma ignição, o vento sempre presente, não por variação da temperatura e os incêndios mas das correntes do planeta. Contempla estas e todas as "canalizações" de vento ribeira abaixo. Agora pensem em Machico ... tem as duas.

As minhas segundas palavras vão para o Povo Superior, uma ideia que se criou para embrutecer as pessoas, torná-las arrogantes pensando que sabem tudo e que só devem ouvir aqueles que só dizem bem para lhes encher o ego e a quem dão likes. Nunca aprendem nada e têm cada vez mais ódio de quem contraria. O incêndio de Machico começou com uma rebarbadora, a chamada "ramona", ela de facto não está na lista de prevenção, ou seja, a lista de equipamentos que não se deve usar quando o risco é elevado, porque podem provocar faíscas e logo uma ignição que em mato seco e com vento é mais do que um fósforo e gasolina. Quem cria avisos pensou só na realização de trabalhos em espaços rurais, com recurso a motorroçadoras de lâminas ou discos metálicos, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal. Não fala em rebarbadora ("ramona"), se bem que não sendo motorroçadora com lâmina anda lá perto, era uma questão de bom senso e ver que a "ramona" é pior, pela natureza da máquina, seus cortes e as faíscas que produz. Do espaço em que foi usada desconheço por completo mas o incêndio está aí. Um Povo Superior achou-se estupidamente um dominador de tudo mas o incêndio está aí e começou pelas suas mãos. Os avisos são para se acatar, se interpretar e para se ter bom senso. Como todo o Povo Superior é uma excepção, saem ilesos e destroem a vida dos outros. Em português, sobra a merda para os outros que não são "Superiores".

Terceiras palavras, para Amílcar Gonçalves, o senhor que usa a ARM para fazer política no Funchal com a água e o lixo (é mais um homem do lixo a usufruir do poder para ter bons rendimentos, sejam do partido dominante, sejam da oposição). Amílcar Gonçalves, o bom, moralista, ético, justo, superlativo, autor das ameaças de pedras simplesmente sobrepostas, como muros de protecção nas ribeiras, bastando à água tirar a terra por baixo para haver desastre, entre outras barbaridades, só existe quando o Povo Superior emprega idiotas. Foi hora chave e falhou, um serviço "privatizado" com capital público deveria dar resposta ... falhou. Só não falha para os melhores vencimentos da função pública. O derrube da vedação no depósito de água na Água de Pena, para combater o incêndio, diz-nos que ninguém estava disponível para abrir as instalações em 30 minutos ou que, perante a urgência e a quantidade de tachistas que se acumulam, em pleno mês de Agosto e de incêndios, ninguém estava por perto ou capaz de corresponder. Afinal também existem vândalos no Funchal.

Quartas palavras, não as direi na plenitude ... são para a prole de perfis falsos encarregados de gerar ódio contra os outros, e se aproveitar politicamente, quando nem existem factos ou razão mas os seus falharam. É a exploração imbecil dos que andam anestesiados ou que não lêem, porque são Povo Superior ... temos por cá fundamentalistas e extremistas por conta da política, se era da religião eram Talibã.

Passagem superior por ausência do Povo Superior.

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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 17 de Agosto de 2021 10:29
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