O sucesso do RVM é reunir amigos


B om dia, um pequeno escrito antes de ir para o rali. Sabem o que é? É um momento do ano que nos acostumamos a encontrar com os amigos para passar uns dias juntos antes de ir para férias. É tipo a passagem de ano, que por norma é com a família, antes da ramboia mas, ao contrário, fazemos a ramboia e depois vem a família. Acho que muitos cumprem este ritual. A existência do Rali Vinho Madeira é importante no aspeto social e, se pensarem bem, é isso que o faz resistir apesar de todas as "nódoas".

O Correio da Madeira tem um "problema", "grave", é um espaço que vai dizendo a verdade, mesmo quando nos custa ler, mas vai lembrando que não estamos bem. A sua persistência a cortar a direito arrumou todas as tentativas deitá-lo abaixo por suspeita e os detratores não perceberam, até muito tarde, que muita gente comum e não comum (nota-se pelos textos) escrevem e lêem. Felizmente, o anonimato não foi um calcanhar de Aquiles, talvez muito pela gestão daqueles que gerem a plataforma. Não deve ser fácil. O Correio da Madeira tem outro "problema", quando se abre sabemos que vai interessar e acho que é por aqui que se percebe do porquê, de quando se abre os jornais atuais, irmos sem expectativas. Num a verdade fere, noutros a nossa vida parece um mimo. Quanto ao RVM, não importa a lista de concorrentes mas cumprir o ritual. Vamos somando dicotomias. Aqueles que amarram a Madeira aos seus interesses aniquilaram os jornalistas e os jornais, apesar de mais do que nunca se ver publicidade, sobretudo cadernos que dão uma pipa de massa. Mas isso não é sucesso. Cuidado com estes dias, são neles, de pessoal distraído, que se fazem as grandes jogadas.

Escrevo este breve texto porque ontem o Correio da Madeira foi especialmente duro com o RVM, mas são opiniões a ter em conta, só ao fim do dia entendi o alcance quando reparei que convivi mais com os amigos do que vi rali. O instinto por vezes nos surpreende com a verdade. Aposto que antigamente, quando o bólide se anunciava pelo ruído, a malta saia a correr tasca fora para ver, quando não sai significa o quê? Que o rali foi motivo de encontro de amigos. Pode ser da idade e daquilo que valorizamos. Cada um pode ir para o rali por "N" razões que não seja ver rali. Os dois dias significam amizade e muitos têm saudades das classificativas noturnas que nos faziam ter motivo para não ir a casa, pelo menos aqueles que não acampam.

Por isso, por muito que custe e me fira, numa prova de sempre na minha existência, acho que os que se cristalizam a organizar e as elites que tornaram o rali uma imagem e semelhança da Madeira atual, fechada e sem concorrência, devem pôr mão na consciência de que vão matar o rali mas, a malta terá sempre motivo para fazer aglomerações por amizade e isso não conta para o sucesso. Estamos a "cumprir" com o mesmo erro por todo lado: consanguinidade. A Madeira é recreio de poucos, ganho de ainda menos, de gente que não pode fazer férias e do prazer de estar com os amigos que remedeia tudo.

O que é sucesso? Fingir ou ser? Publicidade e aglomerações? Verdade e amizade? ... fiquem a pensar.

Envio o programa do rali para capa da minha publicação, vai dar jeito hoje.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 06 de Agosto de 2021 05:48
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