O decantador de inertes foi ocupado

 

T odos sem malícia vão usando e se entalando mutuamente. Vamos por partes. A Serra d'Água tem agora uma praia fluvial, que designam por poço mas faz de piscina, só possível porque, a máfia das obras, pode não calcular bem as curvas para as correntes de água, promover a fragilidade de algumas paredes pela localização e por criar novos terrenos (em terra de ninguém) estreitando o leito mas, no que calcula mesmo bem é no acesso para colher os inertes de borla ... e fazer fortunas. As ribeiras são máquinas de dinheiro para privados com o beneplácito do Governo Regional. Quando vos compram, o dinheiro vem também dessa mina do povo.

Com o esquema bem planificado, eis que o povo, felizmente no Verão, altura em que as ribeiras fabricam pouco inerte para as construtoras do GR, tomam conta do espaço e profundidade da área de decantação da "pedra preciosa". Se daqui não vem grande mal ao mundo aos construtores, estes começam a coçar a cabeça pelo facto de continuarem a britar no Verão, em muitas ribeiras, e a atirar a água suja para o mar através das ribeiras, visíveis pela auréola da porcalhice frente a cada foz.

Com as alterações climáticas, parece que o povo procura água fresca onde houver e está no seu direito, porque o público é também seu. O problema é que sem malícia metem-se nas ribeiras onde se despejam as águas das britadeiras. Por essa razão e com falta de ideias para por os estupores a andar, surgiu agora o tradicional medo do regime sobre o seu povo: "praia não vigiada".

É de enfurecer qualquer construtor este grande inconveniente, até a rampa de acesso aos camiões e máquinas dão belos estacionamentos ao fresquinho. Foi mesmo bem projectado. Só falta ouvir ... esses pata-rapadas estão a roubar o que é nosso! Comunas! Ocupação ilegal!

As imagens que envio foram retiradas do DN-Madeira.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Agosto de 2021 11:07
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