Catilinárias de Cícero

 

Imagem actual de Catilina

As "Catilinárias de Cícero" representam a corrupção dos costumes tradicionais, visto ser desprovido de uma moral privada e pública. Os interesses particulares teriam norteado seus planos em promover uma conjuração contra Roma. Depois de derrotado por seguidas vezes nas eleições consulares, o romano dispôs-se a construir planos desconectados com as leis e os costumes romanos, a fim de tornar concretas as suas idealizações pessoais no campo da política.

M esmo nos nossos dias, muitas discussões jurídicas, com advogados de craveira e não os tachistas dos juristas do GR, se usa a expressão “catilinárias” para dourar o abuso do bem público por parte de alguns políticos. Avé Calado, que ides e pretendes fazer com a nossa Roma? A expressão, "Catilinárias de Cícero", remete para um conjunto de discursos do orador romano Marco Túlio Cícero, proferidos contra o então senador da República Romana, Lúcio Sérgio Catilina, daí o nome “catilinárias”, ou o mesmo que dizer, discursos contra Catilina. E funcionavam ... era parecido com Calado.

Foi na antiga civilização romana que o modelo político da República se desenvolveu. Essa infame que também temos, razão de todas as desgraças oriundas de uma governação autoritária de 40 e tal anos sem ninguém meter o "bedelho" que, como sabemos, são todos do PSD que usa e abusa. A Madeira nunca será uma República, em sentido literal, quer dizer “Coisa Pública”, “Bem Público”, isto é, aquilo que diz respeito à vida em sociedade, à administração dos interesses e necessidades de todos. Portanto, não brinquem, nem a República das Bananas chegamos!

Mas se não bastasse, temos outra prova de que nunca seremos República das Bananas. A República vigorou na antiga Roma após a queda do último rei da dinastia etrusca, que durou mais do que o PSD na Madeira, a dinastia governou Roma por 244 anos, inicialmente por Tarquínio, o Soberbo, quase parecido com o Calado, um Ispirazione AFAnzi Arpeggio cremoso da Nespresso. E aqui vem a dica, a República fez abandonar a estrutura monárquica e no seu lugar, novas instituições foram erguidas. Aquela coisa dos dinossauros passarem o poder aos filhos, de empresas públicas como a Via Litoral ser de famílias, etc, não pode existir. Daí o ódio à República.

De entre as instituições que derivaram a implantação da República, uma das mais importantes era a magistratura, a chamada administração publica que executava as ordens de governação, e ainda o Senado que, ao contrário da Assembleia Legislativa Regional, minada por fedelhos, era composto pelos cidadãos mais velhos, seres pensantes e com experiência encarregues da elaboração das leis e do controle da acção dos magistrados, a bem  ... da República ... da coisa pública, das pessoas, teoricamente não dos lóbis.

Mas a República de então também tinha os seus problemas, dos vários cargos da magistratura, o mais alto era o de cônsul, não era bem um Representante da República porque não dava os parabéns ao Calado pela vitória do rali, como um importante momento para se marcar o ponto. Para que não houvesse autoritarismo albuquerquiano, o poder da República era entregue a dois cônsules, escolhidos pela Assembleia Curiata.

Na década de 60 a.C., Catilina, que já era um militar e senador famoso, e que também já havia passado por cargos de magistratura, pretendia ser designado cônsul da República. Mas Catilina era encarado com desconfiança por seus pares. Muitos viam nele um risco para as instituições republicanas. Em retaliação, Catilina com os seus aliados, entre eles o ex-cônsul Públio Cornélio Lêntulo Sura, o equivalente a Avelino Farinha, procurou organizar uma sublevação, um golpe, contra a República. Consistia no assassinato dos dois cônsules e na subjugação do Senado. Era tipo pôr velinhas para rachar a árvore para Miguel Silva Gouveia ir de cestos para baixo ...

Entretanto, os senadores, quais funchalenses de "olhão", descobriram os planos de Catilina. Cícero, que havia sido designado como um dos cônsules, naquele ano de 63 a.C., encarregou-se de desmascarar Catilina dentro do próprio Senado, por meio de discursos. Sim, naquele tempo havia "arena de debate", com argumentos e não jogo de maldizer e sacanagem. Ora, esses discursos de então ficaram conhecidos como catilinárias, esperamos ouví-los de Miguel Silva Gouveia nos debates que aceitou, porque se podem tornar, tal como as "Catalinárias de Cícero", notáveis pela elegância de estilo e pela firmeza das acusações ciceronianas o xeque mate final a Calado.

A frase mais famosa das catilinárias é:

Qvsque tandem abvtere, Catilina, patientia nostra?
(Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?)

Catilina, perante as revelações da sua trama, teve de optar pela luta aberta, ou seja, sem perfis falsos nem jogo de denegrir, sem sondagens do JM nem as paragonas do DN, até chegou a pedir apoio aos Gauleses que, ao contrário das histórias de banda desenhada, não lhe valeram para nada pois não havia poção mágica. A sua tentativa de golpe foi debelada pela República, ou seja, pela coisa pública, e acabou condenado à morte, o mesmo fim dos demais conspiradores, coisa que numa era de pena de morte abolida como a nossa é comutada para Presidente da EEM, já que a solução Turbina não pode ser repetida.

Avé Cícero, Avé Miguel Silva Gouveia, Avé Funchal!

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 09 de Agosto de 2021 17;37
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