Assiste-se a indicadores de colapso da Madeira, mas ninguém quer ver.


A verdade na Madeira tem muitos detractores, gente com migalhas a remar para o lado errado. Marginaliza-se quem diz a verdade e os melhores estão de parte. O povo teve oportunidade de fazer o clique e está a mudar, só os interessados no sistema não vêem.

B om dia a todos, vou usar o Correio da Madeira para dizer umas verdades e quero pedir um favor à plataforma, penso que tenho esse direito ao escrever. Não pensem que sou ditador, simplesmente perdi a pachorra de aturar a estupidez que se permite para se ser democrata. A democracia é a participação de todos com um fim utópico ou idealista do bem comum, nunca foi campo de manobra para gente que se furta à verdade para construir as narrativas que lhes importa, por interesse pessoal, ou por teorias conspirativas de doidos. Por isso, pensando que há gente de bom senso na plataforma, peço que sejam correctos e não "democratas". Se aparecerem os tontos da negação limpem os comentários. A Terra não é plana. A Vacina pouco ou muito faz diferença, há várias para se adequarem às faixas etárias. A Madeira está em colapso demográfico, democrático e de contas públicas, faz demasiados pobres presa a um sistema que beneficia meia dúzia.

Nos jornais, mas sobretudo na RTPM ontem, anda uma teoria insistentemente repetida, tipo regime comunista, é isso que me faz escrever. O problema não é de vadios ou biscateiros, a conversa anda à volta do interesse do Pestana, do Avelino e do Sousa sobre falta de empregados na hotelaria, todos querem escravizar e, porque controlam a Inspecção de Trabalho, nenhum funcionário sai bem das contendas. Isto é verdade. Décadas com este problema trouxe-nos aqui, provoca o que vivemos hoje mas com a Covid-19 houve um "reset" em muitos, batemos tão fundo, apesar das negações, que as pessoas deixaram de ter pena, dúvidas ou medo de mudar ... e estão a mudar. Um funcionário da hotelaria na Madeira, depois de trabalhar como escravo e não passar de remediado, a contar o dinheiro para chegar ao fim de cada mês, emigra para a Europa, onde os portugueses são muito bem vistos. Lá têm o rótulo de trabalhadores e produtivos, basta ver o ritmo com que se despacham num café comparado com os estrangeiros. Por serem assim, sobem rápido na carreira e ganham melhor, sentem que evoluem. Estamos a falar de mais do dobro do vencimento do que existe na Madeira. Reparem que um turista europeu a passar férias na Madeira sabe os custos da hotelaria nos seus países ...

Quando vamos para um país com outro nível de vida, ganhamos mais e podemos gastar mais, mas pode-se poupar escolhendo como gastamos. Não se vai a restaurantes ... tudo vem do supermercado e olhem que são mais baratos do que na Madeira! Incrível, não é? Mas basta pensar que somos ilha, temos os fretes mais caros do mundo e toda uma estrutura pesada de porta contentores que negam a versatilidade e preço dos ferries que estão por toda a Europa, servindo por mar ou adaptados aos rios. 

Se no destino da emigração a habitação é cara, vive-se nos subúrbios, bem dotados de tudo o que precisamos e de redes de transportes eficientes e em conta para quem trabalha. Em alguns países, a energia eólica cobre a 100% as necessidades dos comboios, são altamente rentáveis, na Madeira pagamos uma gasolina caríssima, inimiga do ambiente e gerida por um DDT que a Vice Presidência premeia com a fixação de preços. Eu poderia estar aqui por muito tempo a relatar a verdade mas depois as pessoas cansam-se de ler, penso que já dei a perceber que onde se ganha mais podemos nos organizar para poupar, fazendo melhor vida do que na Madeira. Na hotelaria fogem para a Suíça, Jersey, UK, França, Noruega, Alemanha, Holanda, etc.

Estamos a apreciar os donos da hotelaria madeirense e da construção furiosos porque o esquema rebentou, parece um ponzi. Estamos outra vez a formar para a hotelaria mas do estrangeiro, e toda esta gente do sistema, mal acostumada, não muda, quer continuar igual ... mais azedos. E usam a comunicação social e seus políticos para chamar nomes a trabalhadores e desempregados madeirenses. Eles que são esquemáticos, odeiam que os trabalhadores se defendam e determinem a perda do esquema. Só que há algo de errado, porque são tão desejados no estrangeiro? Mas tenho outra pergunta, porque não falta trabalhadores no Governo Regional? Porque é que se multiplicam e se sobrepõem organismos?

A resposta é vencimento certo, o emprego estável e em muitos casos bem remunerado, para se poder organizar a vida, casar, ter casa (ir ao banco), ajudar os pais quando a idade pesa, etc. Isto é crime de se desejar? Porque é que aqueles que mandam no governo e na comunicação social não vivem como seus empregados? Porque são uns protegidos do sistema que não estão interessados no verdadeiro e integral desenvolvimento da Madeira. Estão possuídos pela ganância, sob todos os esquemas, porque têm todo poder, controlam o ORAM e as instituições que deveriam defender os trabalhadores. Na Madeira, até os sindicatos se venderam com benesses pessoais aos seus líderes. Querem que os trabalhadores acreditem e fiquem aqui?

Houve um "reset", podem pintar tudo muito bonito, numa ilha idílica, com um governo superlativo, cheio de eventos para o povo se enganar, etc, mas aqui não se faz vida e a realidade dá razão à tese. Não são os madeirenses trabalhadores ou desempregados que estão mal é a Madeira, seu Governo e elites política e empresariais que desistiram do sonho europeu para todos e pensam só em si. A Madeira não é um sucesso europeu no Atlântico, é um desastre social que investiu onde os detentores de poder moldaram para enriquecerem à sombra do ORAM e dos dinheiros europeus. No caso da hotelaria, continua-se a construir desalmadamente para o colapso, já mudamos a categoria do nosso turismo, basta ver os casos de desrespeito aos funcionários dos hotéis mas ninguém fala. Basta ver que ninguém é justamente pago mas, os hotéis, apesar da crise continuam a ser construídos. É que vale a pena para alguns, os DDT. O que não vale a pena é para o empregado.

Os madeirenses são trabalhadores e produtivos, são ainda mais lá fora porque compensa, tudo está regulamentado, até trabalhar com compensação por horas a mais, não da forma como pretende Pedro Calado para aqueles que representa, que não são os madeirenses e muito menos os trabalhadores.

Precisamos de ganhar para a vida e de poder gerir a vida, de poder ter filhos, pedir empréstimo ao banco, descontar para a segurança social, comer saudavelmente, ter para os custos fixos, etc.

Uma palavra final para uma classe que se matou, os jornalistas, os órgãos de comunicação social são normalmente passivos ou veículos de informação do regime ou dos seus proprietários. Neste último caso basta olhar do que se queixam no interesse deles, as publicidades, os anúncios, as actividades de cariz social para cobrir o facto de serem, com licença, uns chulos do ORAM, da segurança social e do desemprego. O contraditório é feito em abono dos DDT e do GR e não da população. Espero que esta seja capaz, em eleições, de começar a mudar este "bem estar".

Como insistem no erro, como insistem no modelo, informo que tudo isto vai piorar. O monstro destrói tudo por ganância, ambiente, Europa, população, mérito, etc. Somos terra de emigração por respeito próprio, ficarão cada vez mais os velhos com má Saúde Pública e falta de Lares. A par disto vem as alterações climáticas e as pandemias, a Madeira não está preparada para nada, só há poder a olhar para o umbigo.

Pedido à Comunicação Social: não digam os empresários, digam quais!

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 15 de Agosto de 2021 06:29
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