As "capitanias" do som e os engodos da produção musical


C omo já foi referido noutro texto, mas nunca é demais relembrar, algumas das empresas que dominam de forma avassaladora a área do som, luz e palco na Madeira são Delta Som Multimédia S.A.; Delta Som II – Multimédia, Unipessoal, Lda.; Som ao Vivo Lda., Eventos e Sonetos Unipessoal, Lda.; Choose Fantasy, Unipessoal, Lda.; Smart Choice Madeira – Audiovisuais Lda., todas elas propriedade dos senhores Luís Nunes e Filipe Pestana.

Contudo existe mais outra na zona leste a AMSOM, propriedade dos irmãos "Merlim". Esta empresa que diz ter como visão “trabalhar todos os dias para estar entre os principais players do mercado e ser referência de excelência no meio”, recebe verbas avultadas das autarquias da zona norte e leste (Porto Santo incluído) para contratar artistas para os mais diversos eventos, e por sua vez regateia os cachês para meter mais ao bolso, tudo ao estilo dos seus concorrentes Delta Som.

O papel dos músicos nisto tudo, é apenas dar dinheiro às empresas de som, o erário paga tudo sem se questionar. Seja para as câmaras ou governo, o músico, que antes era contratado e só depois questionado sobre que necessitava, agora é apenas um engodo para as empresas dos tubarões dom som e para os seus imitadores de segunda categoria da zona leste, os irmãos “Merlim”.

Todas estas empresas, bem estabelecidas na ilha, com Câmaras e Governo envolvidos, os mesmos que precisam de luz e palco para os comícios, ainda por cima com as eleições tão perto, têm contratos na ordem dos milhares de euros e ganham quase sempre tudo ao que se candidatam.

As práticas de concorrência desleal assumem contornos dantescos quando começamos a analisar os contratos destas empresas. Só recapitulando, a título de exemplo, entre 2013 e 2020, o conjunto de empresas do Sr. Nunes e Pestana, auferiram perto de 9 milhões de euros, mais concretamente 8.993.999,23€. Já a AMSOM, dos irmãos “Merlim”, após uma breve consulta a base.gov.pt, segundo o contribuinte que obtivemos, apenas auferiu um total de apenas 922.529,544 (link) o que comparado aos reis e senhores da Delta Som parece insignificante, mas deixa bem claro que a ilha está dividida em duas capitanias: Nunes & Pestana "Zarco" e "Merlim Vaz de Teixeira".

Voltando ao cacique do som, que tenta tramar todo aquele que o enfrentar, conhecido como “Rocha da Silva do Som”, , que além de deter o monopólio do som na ilha, ainda se imiscui em trabalhos como baixista em projetos fracassados, criados à pressa pela Diretora de Serviços de Dinamização Cultural, Maria da Paz Rodrigues, para encher chouriços, como foi o caso do Xico Martins Trio num evento recente na Quinta Magnólia, agendado para um tórrido dia de Verão, onde compareceram meia dúzia de gatos pingados. Esta banda que integra para além do seu baterista preferido, o seu “irmão” e “parceiro de crime” da Dra. Rodrigues, que só não ostenta o nome do grande senhor do som, porque ia dar muito nas vistas, já que era a empresa dele a fazer o som (como sempre), então Dra. Maria optou por colocar na linha da frente o elo mais fraco, o pianista desempregado, numa atitude magnânima da Vice Rainha da Rua dos Ferreiros.

A senhora diretora de serviços que tem uma amizade de longa data com o grande senhor da Delta Som, que estabelece a ponte de muitos dos contratos estabelecidos nos tempos da Câmara e agora na Direção Regional, esmagando os artistas na base da pirâmide, onde ambos são donos e senhores de eventos e espetáculos, de gosto duvidoso e datado.

A Dra. Rodrigues, que já está a pensar na descida da Rua dos Ferreiros para o Largo do Município, após a vitória de Pedro Calado, para voltar ao sítio onde foi feliz, o Teatro Baltazar Dias, e assim voltar a colocar este na IV Divisão a nível de programação.

Vamos voltar a ter festas pela teia dentro, produções escabrosas, até já sabemos qual a peça de estreia: um musical sobre a vitória de Pedro Calado no Rally. 

O objetivo deste texto, é denunciar estes esquemas ardilosos que envolvem empresas de som e os seus amiguinhos colocados estrategicamente nas câmaras e governo. Não pode haver tolerância para quem se acha acima da Lei e faz questão de usufruir o dinheiro que é de todos.

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 16 de Agosto de 2021 15:38
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