A remodelação do governo sem semânticas

 

Uma "vezinha" a cada, agora é o Governo Pestana vs Prada.

A remodelação revela algo muito simples, a ascensão ao poder do grupo Pestana. Que não domina a comunicação social e precisa de reforçar a sua capacidade de intervenção através de duas pedras fundamentais, o presidente do governo e a segunda posição de Jorge Carvalho, familiar próximo do administrador do grupo Pestana. O problema não são estas ligações. Elas já são tão descaradas que nem surpreendem.

O problema está na incapacidade de trabalho do presidente e no perfil pouco ético e oportunista do número dois do governo. Está assim constituída, a relação perfeita para se instalar um ambiente de anarquia que determinou a derrota do PSD nas autárquicas de 2017. Cada secretário por si a tratar da sua agenda e sem um fio condutor.  A sorte do governo é a incompetência grandiosa da oposição. Quem paga a factura? O povo. Como sempre. Os apoios sociais vão ser distribuídos sem critério aos clientes habituais. Os empresários estão fartos de políticos tagarelas e de esquemas. Todos estão fartos e não tarda muito teremos os populistas e viciados nas redes sociais a dar apoio aos partidos radicais, a esquerda e a direita.

Esta distribuição de áreas pelos secretários, revela mais do que a confiança em Barreto ou Fino, com a distribuição dos transportes marítimos e a empresa de electricidade respectivamente. Revela que Eduardo Jesus não é da confiança do presidente para poder assumir os transportes marítimos,  porque é simplesmente incompetente para interpretar a importância do setor, numa região insular, e não consegue construir relação de trabalho com os operadores.  Só lhe resta ser protegido pelo diretor do DN para poder aparecer todos os dias com uma nova linha aérea, sem produzir a "ponta dum corno". Outra área que está ligada à "maquina" é a área social, com uma secretária que sempre fez a sua carreira usando os outros, com assessores incompetentes e mentirosos que, na gíria popular, são uns "engana Cristos". O povo finge não compreender e pode ser enganado mas já não é ignorante como antigamente. As autárquicas vão mostrar em quem o povo confia. A pobreza já não é área para políticos oportunistas. Augusta é fingida, não inspira confiança.

O governo precisa de um rumo, pois o sentimento de abandono, devido a saída de Calado, está a corroer a confiança dos partidos que suportam o governo. O receio está a dar lugar ao medo. Sabemos que o medo leva a decisões e movimentos inesperados das bases dos partidos a cobrar as derrotas. O PSD está cheio de insatisfeitos.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 19 de Agosto de 2021 22:23
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