A rampa da renda

 

Para quantos ralis pode dar uma rampa destas? O candidato também resolve em 5 dias?

T oda a ribeira que se preze, com intervenção betoneira, concebe um rebaixamento a que podemos chamar de área de decantação, onde os inertes caem e recebem o turbilhão da mistura entre a água que desce da ribeira e o mar que entra por ela acima. Mais lavado não pode ficar, deixando a tradicional auréola dos santos no fim das ribeiras.  Não me digam que a câmara nunca foi compensada, caramba, parece a APRAM e os portos.

Depois temos a rampa, intimamente ligada à decantação, sempre com uma planificação pensando na renda fixa e onde, pela magnífica obra, não se deixa haver praias para que o mar morra com a impetuosidade das suas ondas. Não se permite à natureza que se acomode, vai fazer falta com as alterações climáticas mas ninguém se preocupa. O desastre para os outros tilinta sempre para os mesmos, os primeiros a receber, é Bazuca fixa.

Assim vamos rezando, nesta e noutras ribeiras, que a meteorologia nunca aponte do quadrante certo e nos faça acreditar nos antigos, aqueles que diziam que o mar bravo de outros tempos conseguia chegar às portas da Sé e do Mercado. São os tais velhos agoirentos, desses da Marina do Lugar de Baixo. Neste caso, o infortúnio moldado pelo bicho betoneiro pede um tempo com ondas graúdas de Sudeste. Se por infelicidade isso acontecer, reza-se a Nossa Senhora do Monte, de preferência sem alguma árvore a castigar, pedido por uma Lei de Meios que chegará aos autores materiais do desastre mas não de todos aqueles que forem atingidos ou que vêem os seus prédios corroídos por água salgada da ribeira. Somos muito inventivos, superiores. Nunca se sabe se a ganância não atinge o hotel do próprio, depois de novamente ter feito o que lhe apetece e ter destruído uma chaminé "perigosa" que deu o cabo dos trabalhos para deitar a baixo. Não sei se ficou algo de antigo por trás dos tapumes.

Foram tempos de brigas dentro do mesmo partido, governo e câmara, fictícias, onde o agora candidato já jogava dos dois lados. Recuerdos para os distraídos e beijinhos às Primas.

O cuidado com os achados era total, nada que o cimento não voltasse a colar ...


Naquele tempo, ainda vinham cruzeiros que faziam escalas sem problemas para atracar na Pontinha mas, o Cais 8 vinha a caminho, facturar betão sempre, quem é que não acha que com o PSD a registadora tilinta sempre.


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Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 10 de Agosto de 2021 14:07
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