A campanha da "Sopa do Cardoso"

 

O "Rei das Frangas" é um franguista, vai fechar o mercado e não será transferido.

Bom dia a todos.

H á dias li um texto no CM de alguém que dizia que "há coisas que se pensam mas não se dizem" e lembrei-me "se penso, logo existo" não se comunica? De que serviria alguém saber que existe sozinho no vácuo do espaço sideral? Que desperdiço de vida. Claro que depois todos percebemos ao que vinha, era um indivíduo do poder que ainda soltou uma ameaça de silenciamento policial ou judicial, a eterna instrumentalização de tudo para manter artificialmente alguns ... Estamos fartos deste ambiente, e nota-se.

É uma pena que os jornais da Madeira tenham caído nas mãos erradas, os lóbis e consequentemente o governo. Deixam de ter espaço crítico e vão morrendo aos poucos, à medida que os leitores dão-se conta, uma e outra vez, que pegando a cada dia, acham-nos desinteressantes, com destaques que ofendem as pessoas, desfocados da realidade que deixou de ser possível dar. As edições tornam-se um pró-forma, com todos satisfeitos enquanto cair na conta. A sistematização dos preconceitos fazem-nos perceber que alguns destaques são só para governantes, para uma ou outra vez vir um disfarce. Que os temas são do interesse dos lóbis, formas de pressão ao governo, porque são todos "amigos" mas cada um quer "sacar" o seu. Depois é encher profusamente de temas graficamente trabalhados mas que não dizem nada às massas. Muitos artigos não deveriam existir porque as pessoas que escrevem não são credíveis para a função. Então falam os absurdos e silencia-se quem sabem o que diz? Podem martelar muitos tachos e espaços mas quem não ganhou a confiança, o respeito e reconhecimento público, pode escrever milhões de caracteres que a sua página é de passar à frente. É o "esplendor" da matança do mérito e da selecção natural que, quando transferida para as redes sociais torna-se fulminante e mortal. Por estes dias, alguns devem estar a pensar que dominar a comunicação social só piorou a perfomance de alguns. Quanto mais escrevem e aparecem, mais se "matam". Para "aparecer" é preciso ter qualidade. Ler comentários em notícias e artigos é o meu passatempo favorito.

Por outro lado, não sendo notícias, as observações de muitos nas redes sociais, pelo posicionamento que têm ou visão, despertam-nos para outras realidades. De há uns meses para cá, surgem publicações nas redes sociais a recordar o que alguns candidatos disseram noutros momentos e as suas decisões, são um cardápio de experiências que nos dizem o que poderão ser e fazer em determinados cargos. Recordar ... mata! Estou a tentar fazer um esforço para não falar em partidos políticos porque sei que nesse momento as pessoas alcunham as outras e dá-lhes a clubite contra ou a favor. O que quero é simplesmente dizer é que os nossos jornais vão se matar e esta campanha eleitoral está a dizimar muitos candidatos.

Soube há dias que um jornal local teve descida abrupta nas visualizações online e que há outro a perceber que qualquer dia vai perder os momentos áureos. Através deles, se percebe até a situação actual do governo e do principal partido que o sustenta. Sem desafios (contraditório) caíram num beco mental, não inovam, tornam-se brutos e usam a força do poder, não querem debater mas sim silenciar e controlar. Toda a beleza da democracia se desvanece.

E quem fala de jornais e partidos grandes, também fala nos pequenos que vão pelo mesmo caminho, rendendo-se à benesse pessoal, um atalho que abandona a luta política. E quem fala de tudo isto fala da economia, dominada e protegida aos mesmos, directamente ligados ao orçamento regional e que actua com seus tentáculos políticos para evitar a entrada da concorrência e até de banir ilegalmente. O negócio assenta em estabilidade e comércio, não de permanentes disputas. Por isso, sendo o mundo tão grande e a Madeira tão pequena, vão todos embora e os que dominam sem mérito ficam radiantes. Se calhar, por isso, temos necessidade de dizer ou ouvir que somos um Povo Superior, um estatuto que volta a deixar de pensar e evoluir para viver em sobranceria.

As duas grandes guerras mundiais, se entendidas como de extremo desafio, provaram que daí nasceram grandes invenções para necessidades imediatas. O ser humano que se mata, sem capacidade de  entendimento ou nas mãos de loucos, tenta encontrar uma solução para impor a lei de quem vence, aquele que soube ser mais forte. Por aqui já percebem que a Madeira, vai década a década morrendo e esta campanha eleitoral é das coisas mais miseráveis que assistimos até hoje. Abandonamos a essência das campanhas eleitorais, que existem para esclarecer o eleitor sobre propósitos, projectos e convicções dos candidatos para, infelizmente, puxando pelo subconsciente, se "comprar" pobres com comida. Situação que não resolve o problema das pessoas nem atinge os objectivos de campanha, é um claro reconhecimento que existem muitos pobres que precisam da "Sopa do Cardoso". O eleitor pensa com o estômago? É falhanço de políticas passadas e que, pela insistência, também falharão no futuro. Na próxima campanha eleitoral oferecem consultas médicas?

Estamos em presença de um poder perdido que só se orienta por razões pessoais. Secou tudo à volta, os melhores não participam para haver contraditório e aguardam que caia de podre.

Tenham um bom dia e bom fim de semana, obrigado por me lerem.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 26 de Agosto de 2021 18:56
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