O "nosso" rally


H á algum tempo se exige mudanças no comando do Rally Vinho Madeira que, de ano para ano, vai morrendo como os dados demográficos da nossa Região. A razão é a mesma, o poder serve meia dúzia que culpa os outros. Por outro lado, o orgulho na Madeira é tal, que muitas pessoas acham que é vergonha perder em democracia ou sair dos comandos das instituições, quando tudo é elegível e feito de mudança. Deve-se à concepção deturpada de democracia que ao longo de anos foram incutindo nas pessoas, a democracia é para se controlar e não para se cumprir. O Rally Vinho Madeira é um exemplo de cristalização quando não se muda, só os aficionados fanáticos, ou que lhes serve a situação, não aceitarão esta verdade. O Rally já não promove a Madeira, cumpre um ritual madeirense que cega os próprios. O secretário regional do turismo participa na falácia para poder entregar dinheiro (link), tal como Jorge Carvalho com o futebol profissional. Os Censos de hoje dão para perceber que isto precisa de uma grande volta e outras prioridades?

Mudar de lideranças permite outros caminhos por agora bloqueados por incompatibilidades e favorecimentos, por amiguismo, etc, Diz-se que "em equipa que ganha não se mexe", o que dizer das equipas que perdem? Também não se mexe? Isto é particularmente curioso quando Miguel Albuquerque, para despachar os seus correlegionários antigos, afectos a outros candidatos nas eleições internas do seu partido, nos idos 2015, disse que não contava com perdedores ... entretanto ele próprio se tornou um perdedor mas mudou de filosofia. Afinal, em equipa que perde não se mexe porque agora estão eles.

Afinal, as oportunidades estão cimentadas nos mesmos quase que por monarquia. Quando morrerem então muda-se? Mas, entretanto morrem as instituições, os eventos, o futuro? Aprisionadas por líderes que já deram tudo o que tinham para dar ou competidores que formatam as provas às suas conveniências ... porque estão em tudo o que mexe ...

Hoje, durante esta tarde, como que para maquilhar a lista de concorrentes do Rally Vinho Madeira, trouxeram recordações (Link 1 JM, Link 2 DN), daqueles que aqui ganharam e evoluíram para títulos mundiais. Quem o fez não pensou na faca de dois gumes porque salientaram que, nalgum tempo, passaram pilotos pela Madeira que evoluíram para algo maior mas a prova madeirense fez caminho inverso ... e nunca mais se encontraram. Parecem os madeirenses a ir embora da sua terra para poder evoluir.

O Rally Vinho Madeira é tão refém quanto os madeirenses de tantas vedetas que são flops, sucesso forjado e assistido. O madeirense, que não tem ferry com ligação ao continente e vê a economia atrofiada, também vê os amigos do poder no Rally Vinho Madeira a nunca admitir que, a inexistência de um ferry, é o primeiro empecilho para começar a mudar para melhor a prova madeirnse. O senhor Vice-Presidente do "Cumprimos", com um cartaz de ferry nas últimas Regionais, manda, desmanda, pavoneia-se, tem apoios como ninguém fruto do lugar que ocupa, decide por todos conforme tem ou não carro e, os líderes do Rally Vinho Madeira, da mesma côr política, assistem ao descalabro premeditado para encher o ego de alguém que só pensa em si e não na Madeira. Por fora, o homem dos porta-contentores também acha que assim o Rally está bem. Nos jornais repetem as fotografias do carro da vedeta. Porque não um Rally só com ele?

Precisamos de ventos de mudança, "quer queiram, quer não"! Serei contra a Madeira? Não, sou a favor, todos estes que enchem as pessoas de "miséria" é que não são ... e ainda lhes batem palmas.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 28 de Julho de 2021 21:16
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