Mais um dia negro na Madeira


É ilegal o grupo AFA, seja qual for o esquema, deter os dois principais jornais da Região, a ERC dorme ou é conivente, e hoje sabe-se porquê na prática. Ontem, uma publicação do Correio da Madeira (link) alertava para o facto do grupo AFA ter colaborado com Luís Filipe Vieira num esquema de simulação de interesse por uma das suas empresas endividadas para que um fundo a comprasse. Tudo "correu bem", e o Luís Filipe Vieira viu-se de livre das garantias pessoais dadas por conta de um empréstimo de 54 milhões de Euros a IMOSTEPS, a empresa em questão.

O saldo final é que o grupo AFA ajudou Luís Filipe Vieira a burlar o Estado Português, o fisco e o Fundo de Resolução. O prejuízo total foi de 82 milhões de euros. Veremos o que esta "colaboração danosa" vai gerar nos tribunais.

Este compadrio, respeita o modelo que se conhece sobre os concursos de obras da era em que iam 5 combinados a disputar, concertavam preços e todos saiam a ganhar com a gestão dos concursos. Depois, a gula foi total e, em posse do poder, começaram em larga escala os ajustes directos. O Orçamento da Região é um brinquedo nas mãos destes meninos e eu sei quem está a pagar ...

Numa altura que tresandam os negócios do Governo Regional e o grupo AFA, onde tudo está controlado pelo vice-presidente e presidente e as adjudicações somam-se, até com fiscalizações de obras a preceito, sabendo o que significa a instrumentalização do CINM do qual o presidente sai-se a contas com a Justiça. Luís Filipe Vieira usou off-shores nos seus esquemas, ainda não se falou da Madeira, ainda bem, no entanto, da sua relação com Ricardo Salgado, BES e Novo Banco, espera-se revelações ... cenas dos próximos episódios ...

Verificar mais esta adenda do grupo AFA sobre a sua natureza e associar aos negócios que se passam na ilha, com os dois jornais comprados pelo visado, é a desinformação total e desculpem lá, crime organizado. O povo acorda ou quer ser seu escravo trabalhador e pobre pagante? Nem uma palavra sobre o assunto nos jornais do AFA e com certeza nenhum comentador terá coragem de o fazer. Depois queixam-se das redes sociais, acho que estão a substituir-se aos jornalistas vendidos e jornais comprados, até que a barra limpe para entregar o espaço de volta quando houver gente livre, idónea e deontológica.

Termino copiando uma notícia escrita pela mão de quem já faleceu, DN Lisboa - Lília Bernardes - 2 de Junho de 2008, há muito que há indícios e antecedentes para salvar com os melhores advogados que o dinheiro pode pagar:

Suspeita de 'Carrossel do IVA' via Madeira a caminho de África (link)

"Estado português poderá estar a ser penalizado em muitos milhões de euros por fraude no IVA, chamada operação carrossel do IVA praticado por uma rede internacional que faz a triangulação entre o Continente, Madeira e África.

"Há indícios muito fortes de que empresas localizadas na Madeira, algumas com sede fora da região, estejam envolvidas neste tipo de fraude, beneficiando até do diferencial dos vários escalões de IVA entre o território nacional e a Região Autónoma da Madeira [4% Madeira - 5% nacional ; 8% Madeira - 12% nacional; 15% Madeira - 21% nacional]", disse ao DN fonte do Ministério Público. Esta acrescenta que à mesmo indícios de "imputação à região de vendas fictícias, quando o produto nem sai do Continente ou é exportado para países de África". (Ainda esta semana falava-se do IVA dos Açores que desce e na Madeira não)

O DN soube que, sobre esta matéria, estão em curso vários processos de investigação no âmbito da tributação fiscal, envolvendo a comercialização alegadamente fictícia de produtos alimentares e de medicamentos, numa possível triangulação de empresas do Continente, Madeira e África. A fraude de carrossel na medida em que envolve intermediários, e sempre no mínimo três intervenientes, torna a investigação e a produção de provas em tribunal bastante complexa. Como exemplo, neste caso mais simples, o terceiro interveniente pode sempre alegar em tribunal que desconhece quem passou as facturas falsas, ou seja, o primeiro interveniente que desencadeou o processo deste crime fiscal, a passagem da factura. Mas normalmente a situação é bem mais complexa e quase sempre se desenrola com ligações supranacionais com recurso à utilização das instituições bancárias que colocam o dinheiro proveniente destas operações em paraísos fiscais. Neste âmbito, há investigações que não estão enquadradas na "Operação Furacão", refere outra fonte conhecedora do processo. Relativamente à Operação Furacão", a Madeira foi alvo, na semana passada, de buscas por parte dos investigadores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e que abrangeu a Empresa Madeirense de Tabacos de Joe Berardo e Horácio Roque, a Agência de Viagens Portimar, a AFA - Avelino, Farinha e Agrela e o grupo Sá, (cadeia de supermercados madeirense) do qual foram apreendidos documentos relativos aos anos 2000 e 2005. A equipa que esteve na Madeira, coordenada pelo magistrado Rosário Teixeira, já abandonou a região. Contudo, não se confirma que as empresas de Jaime Ramos, presidente do grupo parlamentar do PSD/Madeira, tenham sido visadas nesta acção.

Quanto à empresa regional de construção civil, AFA, esta tornou-se objecto de algumas polémicas, mesmo antes de iniciar o seu processo de internacionalização na Mauritânia, ao se tornar sócio maioritário de uma das maiores empresas madeirenses na elaboração de projectos, coordenação e gestão de obras e prestação de serviços jurídicos e de engenharia, a PRIMA, responsável por projectos emblemáticos, quer na concepção, como na fiscalização de obras públicas."

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 9 de Julho de 2021
Todos os elementos enviados pelo autor.