D urante meses adensou-se o enigma. Miguel Gouveia não apresentava a sua equipa. Iria candidatar-se sozinho? Talvez ele gostasse da ideia, mas isso não é legal. Além do mais levaria sempre o seu amigo pessoal e o único vereador com quem conseguiu trabalhar nestes 2 anos de presidência, depois da deserção de Cafôfo. Depois de tanta espera, de adiamentos, da captura do BE por parte de Gouveia para afastar Paulino, a montanha pariu um rato. Ou melhor, a montanha pariu um nada.
A número 2, como antecipou o Correio da Madeira, é alguém muito próxima do PSD que se tinha oferecido para ir no número 6 da lista de Calado. Depois há os amigos indefectíveis, Ruben Abreu, que Gouveia já tinha conseguido resgatar da lista suplente obrigando todos os outros a renunciar, e agora também Vitór Jesus, um ilustre desconhecido cujo grande mérito é ser um segundo melhor amigo do Gouveia. Temos uma militante do PSD e uma advogada/gestora que também sempre pretendeu um cargo alaranjado, o que prova que o caixote do lixo da Rua dos Netos continua a ser o segundo maior viveiro das escolhas da coligação CONFIANÇA, logo a seguir às amizades pessoais. Ainda há espaço para o ex-esgrimista, agora repositor de prateleiras da Decathlon que tem como principal característica política apoiar qualquer um, independentemente do partido em questão. Em 2013 e 2017 foi mandatário dos laranjinhas dos Unidos por São Vicente, tendo ainda tido a oportunidade de em 2014 ser representante jovem da socialista Liliana Rodrigues. Liliana, a quem a candidatura de Gouveia apagou o nome na apresentação da lista, à boa maneira do que fazia Estaline aos seus adversários no regime soviético. Já esperávamos que fosse muito mau mas nunca que pudesse ser assim tanto.
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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 5 de Julho de 2021 18:15
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