A capital lagartixa que nunca chegará a jacaré


A pesar de sermos a ilha mais superlativa do mundo, ou seja, com maior número de "cagões" por metro quadrado e em bicos de pés para encherem o ego, na verdade, não inventamos nada e pouco produzimos. O isolamento derivado aos fracos recursos financeiros para sair de viagem, com um subsídio de mobilidade social para ricos, que é no entanto o melhor do mundo e quiçá dos Açores e das Canárias, e ainda a habituação às notícias da "paróquia", faz do madeirense cheio de instintos superiores afinal um alienado informativo e comparativo com as realidades dos outros.

Hoje é impensável sermos os mais atrasados do país na vacinação, apesar de termos vacinas, mas somos, tal como em muitas outras coisas mas, valha-nos termos os governantes mais propagandeados do mundo, quase deuses nas áreas que gerem ... bem mal. E, sem comparação, cá vamos nós, todos os más línguas que desejam mal à Madeira, receber mais recados dos políticos que não querem sair da sua salmoura da vadiação a trabalhar para as obras, dos seus seguidores tachistas e do povo que dá-lhe pena que se trate de ladrões incompetentes pelos nomes que merecem.

Este é o ponto de partida mas, ao contrário do que se pensa, este meu texto encaminha-se para o Miguel da da câmara do Funchal. Também ele e sua defunta equipa, com repescagem do elemento que mais mau ambiente gera na câmara para candidata a Presidente da Assembleia Municipal, enfermam de coisas de povo superior. Todos, o Miguel da Quinta Vigia na sua era de câmara e o actual, quiseram imitar as granbes urbes numa cidade antiga, a primeira das descobertas, atravancada e de relevo desafiador, que no passado correspondia mas que agora com a vida moderna mostra que tem falta de espaço.

A mobilidade do Funchal em Latitude é uma coisa, na Longitude é outra. Ou seja, nos limites com o concelho de Câmara de Lobos e de Santa Cruz ainda se roda de bicicleta alguma coisa. Do mar para a serra, esquece, e se me disserem que a descer todos os santos ajudam, pergunto se em cada descida deixam a bicicleta no Funchal? Esta é a orografia.

Quanto à demografia, predominantemente idosa, está em descalabro, não nasce, fruto do colapso social em que o modelo de obras públicas nos meteu: dívidas e pobres para meia dúzia de ricos. Portanto, à orografia junta-se a demografia para dar uma copiosa quantidade de gente que não vai usar as ciclovias, a não ser para andar a pé mas ... para isso não tínhamos "passeios"? O investimento público não é para ficar bonitinho mas para ser útil à realidade!

Tanto Miguel alucinado como Miguel com equipa incompetente, focaram-se nas ciclovias, estão numa cidade atravancada por natureza a atravancar ainda mais. Os anos vão passando e o Park & Ride não deu certo e as ciclovias estão às moscas a servir de passeio para os pedonais. A evolução na Madeira, para combate às alterações climáticas, não vai ser de gente a andar de bicicleta mas de automóvel eléctrico por força da realidade.

A cidade do Funchal tem poucas vias estruturantes e cada vez se fecham mais ruas à capilaridade das soluções viárias, por isso todos vão bater às ruas que existem, no trânsito automóvel, provocando caos e engarrafamentos. Mas esperava-se outra coisa? Quando a Av. do Mar ou a cota 40 fecham o diabo desce à capital. Quando as poucas vias em Longitude, as que acompanham as ribeiras e outras importantes encerram, procura-se a capilaridade em Latitude, se estão estranguladas, em obras, etc, o diabo sente-se em casa, no Inferno.

A Estrada Monumental continuará a ser a via estruturante do turismo, anulam-se faixas de rodagem quando se constrói hotéis mamutes, significa mais autocarros em espaços exíguos, alindados com separadores (para aumentar o desafio) para o turismo de massas. Eles fazem manobras como? Imaginando-se bicicletas? Esta teoria para as vias porque não é aplicada no saneamento básico? Retiram-se tubos maiores para meter mais pequenos com a actual realidade e aquela que querem vingar com os novos patos bravos da hotelaria?!... Dá para perceber a analogia?

Não temos realidade para implementar soluções de outras capitais com espaço e orografia. A cidade vai ficar um bibelot sem interesse para ninguém, desvirtuada pelo turismo que não vai encontrar nada de original e tradicional para ver, será um aborrecimento até para eles. Muito antes, residentes, comerciantes, etc, já partiram e as notícias serão de sem abrigos a assaltar turistas.

Senhor Miguel da câmara, a sua votação não será só com olhos postos na futura equipa mas também de avaliação do que esta equipa fez, conte que os condutores infernizados dentro dos carros, a ver isto tudo, vão cobrar. Devia ter pensado antes. Até consigo as obras não significam votos! Se repararem, a oposição nas câmaras também quer convencer com obras e empreiteiros e não obra social! Cada vez mais a vocação das câmaras. Tremendos visionários.

Quanto ao CM, obrigado, único lugar onde se fala das coisas, o resto é desfile de interessados em vingar a sua posição mas não servem o eleitor, o contribuinte, o munícipe e o cidadão.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 28 de Julho de 2021 08:23
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