Terminadas as visitas recomeça a crispação?

 

O Presidente da República é um hiperactivo eficaz e massivo, ou seja, faz muita coisa com eficácia no tempo disponível que tem. Atrás do Presidente da República vem sempre uma máquina informativa que naturalmente gera visibilidade para não dizer publicidade. Com o 10 de Junho, a sua permanência por uns dias com a feliz coincidência de António Costa se manter depois para uns dias de férias, temos uma semana de presença na comunicação social do continente, mercado alvo por conta das contingências da pandemia. Melhor não poderíamos pedir já que aquele "Madeiqa" não vai longe.

É hábito do PSD-M retomar, imediatamente após uma "visita da República", o clima de guerrilha, insulto e crispação, não sei se por insegurança ou pela prova de que, quando estão cá, moderam-se e afinal a guerra é artificial para o povinho achar que têm uns valentões. O problema tem sido as doses cada vez mais cavalares de insulto e provocação. O que contraria, em tudo, a boa recepção que o povo lhes dá e que foi mais do que evidente, de novo, neste 10 de junho. Afinal os representantes locais do povo não conferem com a atitude do povo mas, com os seus interesses políticos. A República tida por não responder vai aparecendo amiúde, falta comunicação e quase sou capaz de apostar de onde vem o boicote.

Há poucos dias, José Prada, secretário geral do PSD e deputado, não elegível para liderar listas porque não colhe votos, ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa na sua terra (a de José Prada), como não tinha nada para fazer, insistiu no género de discurso que nos afasta cada vez mais dos restantes portugueses. Ontem, ocorreu a comemoração do 10 de Junho na Madeira, Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas e espera-se que seja uma oportunidade efectiva de aproximação. É que nos Açores existe um Governo do PSD coligado que volta a comunicar melhor com a República. Ou é do malho ou é do malhadeiro. O povo quer resultados, estamos cansados de tiques Flamistas na porta da ALR, dos insultos à República, a não obediência à Constituição vigente que inviabiliza o ambiente de confiança para alterá-la.

Durante estes dias, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, não houve as tradicionais bocas indelicadas dos selvagens da política madeirense. Por azar, e imune a insultos e a promover a Madeira, o nosso Primeiro-Ministro ficou por cá mais uns dias de férias, o que cobre o flanco a Marcelo Revelo de Sousa. O dele não escapa quando for embora, veremos.

Que estes dias de moderação, auscultação e democracia façam luz nas cabeças dos políticos e governantes da Madeira, que sirva de esclarecimento à população para a moderação em falta e que nos isola. As clivagens geram-se aqui, com os medíocres da lama.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 10 de Junho de 2021 23:17
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