Respostas tortas na Saúde são indício de notícia.


A conteceu, mais uma vez, um caso de uma pessoa assistida no nosso hospital central que é enviada para casa e que horas depois morre. Muito a jeito, os jornalistas do JM Madeira ao tentarem averiguar a situação para poder noticiar, enfrentaram um SESARAM que ciente da polémica escudou-se na Lei de Protecção de Dados Pessoais, Lei nº58/2019. Ora nem tudo no caso são dados pessoais mas usou-se a lei para bloqueio integral à notícia. Evidentemente que não tendo nada para noticiar, o bloqueio tornou-se notícia e o SESARAM acaba por piorar a sua situação porque fica ao sabor das redes sociais e da especulação.

Por outro lado, a imprensa dita do Governo, prova a censura. Cada um deles que não se vão desviar um milímetro dos interesses do proprietário e construtor do novo hospital, deverão pensar pessoalmente que o modus operandi transferido para um novo hospital dará o mesmo resultado do velho porque são as pessoas, a sua qualidade e políticas, que criam a eficiência, o trato e os resultados.

Muitas pessoas que lêem este pequeno texto, que me dou à maçada de escrever desde o Cristo Rei no Garajau, sabem que a maioria das vezes estão entregues à sorte no Serviço Regional de Saúde, quem pode, à cunha. É preciso muita fé para esta Saúde Pública. Os jornalistas do poder que tomem consciência disto, a Saúde deve ser para todos como um governo mas sabemos que há atenções a atenções, quem não lembra daquele antigo episódio de um médico de prevenção nas urgências se ter demorado, conscientemente para usufruir de uma agradável cavaqueira entre amigos, quando era o seu filho que desesperava no hospital, acabando por falecer. Os jornalistas podem ser figuras públicas bem tratadas, para que tenham boa imagem do sistema mas não passam de privilegiados, lá virá um dia de um familiar que não o é e vão sentir-se traídos pelo sistema que protegem. O caso não se deve ficar por aqui, é de interesse público mesmo com Protecção de Dados, isso é outra coisa e prende-se com a identificação a par do segredo profissional do acto médico, não justifica a censura completa da notícia, em que circunstâncias se deu. Que jeito deu agora Rafaela Fernandes ser jurista, para gerir o SESARAM é um zero!

Sobre isto dos diagnósticos, tal como temos pessoas com medo de ir ao hospital por causa da Covid-19, também temos outras que só se sentem confortáveis ouvindo um e outro médico. O problema é quando se vai a 4 e todos eles têm uma opinião diferente.

Eu imagino que num governo de atrocidades, onde ninguém se demite por mais evidente que seja a conclusão e onde se branqueia governantes na ALR através de inquéritos, votados pela maioria, que seja impossível abrir um inquérito e castigar se houver lugar a isso. O poder até está nas mãos dos médicos e dos privados. E a Ordem? Sem exigência não há qualidade.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 3 de Junho de 2021 12:41
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