Perceber os sinais do tempo: Cirros

 

B oa tarde, se me permitem, quero colaborar convosco, sou do Funchal e mais uma vez as previsões falharam para a capital, nem um pingo de chuva depois de uma semana a prometer. A meteorologia está popular por causa das alterações climáticas e por medo de alguma intempérie das violentas que surgem de repente. Os antigos olhavam para o céu e sabiam interpretar o que viam e o que correspondia na prática. Hoje temos modelos, radares e entendidos e acertar é difícil.

Proponho-me a trazer ao Correio da Madeira uma leitura de senso comum sobre o estado do tempo, para que cada um tenha uma interpretação do que vê a par das previsões. É que elas nunca vão ser minuciosas ao ponto de chegar aos diversos micro-climas, por isso, o que me proponho fazer tem o seu lugar. Cá vai!

CIRROS

Quando ver este tipo de nuvens no céu saberá de futuro que a sua forma de filamentos forma-se entre os 5 a 11 km de altura e são, na totalidade, compostas por cristais de gelo. A sua apresentação pode não ser só a da foto que envio, podem se apresentar em pequenos fragmentos brancos, sedosos que até nos dão uma sensação de calma ao olhar, no entanto, ao vê-las do chão ou desde um avião sabe que existe vento (turbulência). Quanto mais repuxados pelo vento, mais tomam forma de finos filamentos todos juntinhos, ficando com as extremidades mais enroladas.

Quando surgem, se já denunciam vento em altitude, também podem pronunciar uma tempestade à distância, em nossa direcção ou a passar ao lado. Significa uma frente quente nas proximidades. Quando uma massa de ar quente se eleva a grande altitude, acima do ar frio, o vapor de água que está presente condensa-se, congelando imediatamente.

Quando existe enrolamentos, tipo "gancho", nestas nuvens, significa que os finos rastos de cristais de gelo estão a cair lentamente, interrompendo a sua fluência pelo céu.

As nuvens de gelo designadas por Cirros, sejam elas Cirrostratos ou Cirrocúmulos, formam-se quando o ar atinge o seu ponto máximo saturação e sabe-se que estão a temperaturas inferiores a -40ºC e que procede imediatamente à congelação. A partir desse momento, após a congelação, as nuvens tendem a evitar a evaporação e podem crescer ainda mais e com uma duração longa, efeito que se detecta ao percorrer por algum tempo de avião.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 5 de Junho de 2021 13:43
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