O silêncio é de Ouro


A ntes que alguém venha dizer que este pequeno texto foi escrito por um socialista, que fique esclarecido que não sou militante nem simpatizante de nenhum partido e que raramente voto por não acreditar na classe política. O pior é que nas raras vezes que votei, votei na pessoa errada.

Para desilusão dos jornalistas, António Costa veio à Madeira pela 2ª vez, em menos de uma semana, e desta vez remeteu-se ao silêncio. António Costa dá lições de política e sabe que o silêncio é a arma mais eficaz contra a propagação descontrolada de notícias. Ele apercebeu-se, que qualquer comentário que fizesse sobre o caso da cedência de dados de ativistas russos por Fernando Medina à embaixada Russa, poderia ser contraproducente e nefasto para Medina e para Lisboa. António Costa vai dar a sua opinião apenas quando achar que tem condições políticas para o fazer. Mais uma lição de política que os nossos conterrâneos deviam aprender.

Comparando com António Costa, os nossos políticos são aprendizes de feiticeiro, o que os torna previsíveis. Miguel Albuquerque é um exemplo de um aprendiz com muita dialética mas pouca uva. Todos os jornalistas que tiveram contacto direto com Miguel Albuquerque já se aperceberam que, quando algo não lhe cai bem, irrita-se, descontrola-se e desboca-se. Falta algum calo a Miguel Albuquerque que o faça manter a calma, para não criar um caso a partir de um pormenor insignificante. 

O meu avô, com 86 anos (que de vez em quando pergunta-me se o Alberto João já morreu), trata Miguel Albuquerque pelo “pequeno” pois não lhe reconhece maturidade para governar a Madeira. O meu avô tem razão, Miguel Albuquerque é um falso queque que, quando lhe estala o verniz, fica arrogante e parte para a peixeirada, seguindo o exemplo de João Jardim. Decididamente Miguel Albuquerque precisa de aprender mais sobre as pessoas antes de abrir a boca.

O que me preocupa é que ao redor dele são todos iguais. Pedro Calado é outro exemplo de imaturidade política porque, por diversas vezes, já se estatelou sozinho falando do que não conhece. O problema do PSD-Madeira é que, se procurarmos à volta deles todos, não encontramos muitos com dialética à altura para governar a Madeira. Jaime Filipe Ramos é talvez a exceção, porque é dono de uma excelente dialética mas a imagem que criou ao longo destes anos não inspira confiança do eleitorado.

Manuel António deverá ser o último reduto do PSD-Madeira e não fosse o erro que cometeu no caso das licenças de pescas, hoje o PSD-Madeira teria uma imagem mais confiável. 

Mas se no PSD-Madeira há falta de políticos capazes, os outros partidos não lhe ficam atrás. O PS demora a organizar-se, o Bloco de Esquerda foi o que foi, o CDS já era, a CDU será sempre CDU e nos Partidos mais pequenos briga-se por protagonismo.

Uma palavra final de apreço para Fernando Medina que reconheceu o erro e pediu publicamente desculpas. As desculpas não vão corrigir a falha mas que fica bem, fica.

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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 10 de Junho de 2021 18:59
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