Ilícitos: "Sinta a natureza à sua volta"



E nquanto o Governo Regional, e naturalmente todos os madeirenses, concordando ou não, alimentavam artificialmente um estatuto da Madeira com equipas na primeira divisão nacional de futebol, através de chorudos apoios, o Marítimo, porque foi descoberto, estava a ser desleal usando os artifícios do offshore para esconder pagamentos aos seus profissionais.

Apesar de hoje o Diário trazer destacados 5 profissionais, dos mais beneficiados, foram 82 aqueles que usufruíram do esquema que, sendo provado em tribunal, passa a ser crime punível por burla à Segurança Social e ao fisco. 


Com o avançar do processo em tribunal, o DN requenta hoje uma notícia que já saiu, agora sob forma de Fact Check e que eu noutra altura tive o cuidado de recortar. Para mim, se este caso resultar ou não em condenação, deveria levar a um maior escrutínio sobre o que andam os clubes a fazer com o "nosso dinheiro" e se o Marítimo é o único. Todos aqueles que estão apontados pelo Ministério Público, enquanto empresários, não trouxeram para o clube seu modus operandi nas empresas que administram ou administravam? E agora como é?

Pode estar aqui a ponta do iceberg da suspeita de muitos madeirenses, em relação a offshores e grandes empresários regionais, que o são por força do benefício constante do erário público, os chamados de DDT, que muitas vezes nos parecem ter um dinheiro fêmea porque não pára de se "reproduzir". Não creio que a larga maioria dos empresários regionais sejam estúpidos e alguns especialmente dotados, como já vimos noutras situações de incobráveis na Segurança Social e no fisco, simplesmente usam expedientes para não pagar. O curioso é que o GR, ele próprio lesado porque ou é pagante de contas ou subsídios mas não arrecada impostos, não toma iniciativa de tirar a limpo tudo isto. Seria, se acaso houvesse uma auditoria fidedigna, a melhor resposta a todos aqueles que acusam, com razão, o facto da nossa Região ser uma Lavandaria de Dinheiro,

Em vez da atitude de refutação básica, pelo instinto e facto de ser nosso (offshore), devemos mesmo com burlas defender, quando se deve proceder a uma profunda auditoria para mostrar um GR cooperante com a legalidade. É impressionante o constante encobrimento e uma reacção forçada do GR, sempre contrariado apesar dos ilícitos, até na concessão por ajuste directo do CINM, quando existem, entre outros, bancos portugueses e seus funcionários acusados, casos de branqueamentos de subsídios comunitários pelas máfias italianas, de branqueamentos promovidas por jogadores de futebol de outros países (Espanha, por exemplo) e da senhora Isabel dos Santos, lesiva do Estado Angolano. 

Cada representante do povo, eleito ou designado para governar, deveria ter esta postura na procura da verdade porque, caso contrário, é mais uma peça do puzzle e corpo do iceberg. Mas não estranho quando nunca ninguém se demite ... outro indício de falta de credibilidade.

Estou cada vez mais certo de que, quando cair o poder do PSD na Madeira, os 3 calhamaços históricos, feitos para constar como escrito que intoxica a história, para branquaemento e condicionamento da mesma, passarão a livros de humor negro que todo madeirense chorará ao ler. Temos muitas pontas soltas, como se consegue realizar 6.000 milhões de Euros de dívida escondida fugindo à contabilidade do Estado? Outra questão e processos a estudar.

Quem pára para pensar um bocadinho, vê a Madeira sem jornalismo de investigação e que aguarda pela Justiça e esta, por sua vez, a Justiça em sentido lato, que já vemos abusada para outros branqueamentos e expedientes governativos, a enfiar a cabeça entre os ombros, à espera que os cidadãos façam queixas para se mexerem. Somos pobres para essas guerras, eles sabem disso ...

Há muitas pontas de iceberg a boiar à volta da Madeira e, até DDT's com pontas de lança no GR, o povo paga ...


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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 21 de Junho de 2021
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