F inalmente, depois de uma nega Tânia Freitas aceitou ser candidata do PS a Santana e Cafôfo fechou a lista de candidatos, mas para quem não se lembra Cafôfo, o ex-representante da sociedade civil, prometeu abrir o PS e fazer o partido crescer e aquilo a que assistimos é que o PS nunca pareceu mais pequeno do que agora.
Com um grupo de 19 deputados na Madeira que nunca se afirmou, 3 na República, 1 no parlamento europeu, 4 câmaras municipais e meios financeiros como nunca, o PS não foi capaz de arranjar um único candidato autárquico que não tenha saído da assembleia, com exceção de São Vicente, precisamente por não ter lá nenhum.
Olhemos com atenção para os candidatos para além dos presidentes de câmara recandidatos:
- Câmara de Lobos: Jacinto Serrão, deputado
- Ribeira Brava: Olga Fernandes, deputada
- Calheta: Sofia Canha, deputada
- São Vicente: sem deputado eleito, avança Helena Freitas, presidente da concelhia
- Santana: Tânia Freitas, deputada
- Santa Cruz: Mafalda Gonçalves, deputada
- Porto Santo: Miguel Brito, deputado
Tirando Miguel Brito que mantém algumas aspirações, o resto é para perder, como assumiu Sofia Canha no lançamento da sua candidatura. Qual é então o objetivo estratégico de Cafôfo? Será importante perguntar se estes candidatos do PS irão renunciar ou suspender o seu mandato, seguindo o exemplo de Cafôfo, ou se em Setembro vão acumular funções de candidatos em campanha e deputados em part-time?
Com o Funchal a fugir-lhe entre os dedos, Cafôfo parece preparado para fechar 2021 com um PS que em vez de crescer vai mingar, será mais pequeno, menos presente nas autarquias e com um grupo parlamentar "defenestrado" e composto por derrotados. Que legitimidade terá esta gente para representar a sua população na assembleia, depois das pesadas derrotas que lhes serão impingidas e de nem a vereadores chegarem? Ou se chegarem, vão acumular funções?
Pobre PS, entregue a meia dúzia de iluminados ...
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