Chegou a irresponsabilidade no SESARAM?

 

Recorte do JM Madeira de 3-6-2021página 18 "Ocorrências" * Notíciado online neste link

I rrita-me profundamente que um óbito súbito ou por negligência, mesmo com antecedentes num acidente como o da Meia Légua fique escudado para lá do que a legislação diz. Era melhor justificar com averiguações em curso mas, com o compromisso de dizer a verdade mais tarde. O reino dos vivos merece ser sossegado sobre as suas dúvidas acerca do que se passa no Serviço Regional de Saúde, porque é contribuinte, eleitor e sobretudo utente!

Creio que estou apto a comentar o caso e eis o que penso! Mas que dados têm eles!!! As Equipes na urgência, que geralmente abordam os utentes, que me perdoem, são médicos vestidos de amarelo mas verdes de experiência profissional. Alguns, muitas vezes com receio de incomodar o superior hierárquico que deveria estar de serviço mas foi "jantar e só vem se contactado".

Estas altas nos serviços de urgência têm muito que se lhes diga, nestas situações concretas (como o caso da meia Légua), o ideal são internamentos para observação de 24 a 48 horas e, se o doente reside a mais de 30 minutos do hospital mais próximo, torna-se quase um procedimento obrigatório, a não ser que o doente recuse e mesmo assim, tem de assinar um termo de responsabilidade.

Mesmo com TACs e RMs, muitas vezes existem problemas ocultos que só se manifestam horas depois, inclusive fracturas que só se vêm quando o edema diminui, assim, também existem hemorragias de pequenos vasos, que só se agravam com a descompressão e cuja gravidade está relacionada com a localização, cabeça, tórax ou abdómen.

As altas, muitas vezes a correr, e as observações em dias de urgências concorridas, só potenciam tomadas de decisão erradas e precipitadas. O mais seguro é sempre um internamento para observação, reconheço que existe um factor que não ajuda, são as poucas vagas nos internamentos, as altas problemáticas, as altas que já deviam ter sido dadas e os doentes que continuam internados por laxismo dos profissionais em cumprir horários. Tudo isto, são situações que muitas vezes contribuem para uma tomada de decisão que pode acabar em tragédia.

Contudo, a autópsia desta situação será muito esclarecedora e poderá confirmar aquilo que, nas entrelinhas, aqui se relatou.

Falta a muita gente de olho clínico, bom senso e uma cultura de prevenção que muitas vezes é quase intuitiva e que só se adquire com a experiência de anos a fio. Actualmente, as Equipes são verdes começando pelo Conselho de Administração!

Ahhh, os novos podem ser inexperientes mas os vícios irresponsáveis residem nos mais antigos que deveriam dar o exemplo mas, já sabemos como funciona o lóbi. Mais um, até com a Saúde. O SESARAM é actualmente uma empresa sem Eira nem beira.

Ninguém tem carácter e é responsável nesta governação mas todos levam vencimento ao fim do mês

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 3 de Junho de 2021 20:33
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