Acabou o sonho europeu agora é dar notícias da mesma maneira


H oje somos uns ressacados do futebol europeu, tínhamos um sonho e desvaneceu-se, cumpriu-se a tradição e ninguém ganha duas vezes seguidas, é uma verdadeira alternância se comparada com a nossa realidade política. Os superlativos tinham pés de barro, senão cumpriam-se, os outros também têm os seus superlativos mas cumpriram.

O curioso é que com futebol, o jornalista madeirense mostra que sabe trabalhar, explora todos os ângulos, o contraditório das opiniões, não há sonegação de informação nem parcialidade informativa contactando a dedo. Tudo é explorado para entregar às massas a notícia, o comentário, a especulação, a previsão e a opinião sobre o que fazer ou como se fazia. E todos opinam livremente. Páginas e páginas de dedicação ao entretenimento porque aí sim pode-se, sem ferir o regime instituído e ainda se promove o "Terreiro", único lugar da Madeira capaz de dar futebol em directo e em segurança. É pela alegria do futebol que vemos como todos saberiam se dedicar a causas úteis para um futuro precioso, cheio de ideias e oportunidades mas com um pormenor, não seria um jogo de sorte ou azar ... viciado.

O futebol assemelha-se ao álcool, também nos ressaca, deixa-nos tristes e ausentes da realidade. Hoje vemos o Euro como órfãos e vamos ter que escolher uma equipa como pais adoptivos para seguir em jogo. O que é outra prova que existe vida para além das nossas convicções, até políticas, porque os outros não são "cambados".

Futebol, tal como o álcool é uma substância tóxica, após ser ingerido é transformado em outro elemento ainda mais tóxico antes de circular por todo o corpo, a apatia, a dedicação ao que não é essencial como se fosse essencial, lugar onde somos verdadeiros porque podemos.

Sabiam que a absorção do álcool pelos intestinos é muito mais rápida do que a capacidade do fígado de metabolizá-lo? Vocês vão ver como futebol, álcool e política regional são tão parecidos, cada um à sua maneira. O fígado só consegue metabolizar o equivalente a 10 gramas de álcool por hora, isso significa que é menos que uma 1 taça de vinho ou 300 ml de cerveja. Significa que após um consumo exagerado de álcool, por várias horas, o nosso organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas circulando no sangue. Fazendo um paralelismo, significa que se a política prevaricar muito para enriquecer alguns, a economia e o povo levam o seu tempo a recuperar. Significa que se prevaricarem muito, estaremos sempre entretidos a metabolizar asneiras mas nunca saímos do mesmo lugar e é aí que se dá a pobreza que vivemos. Significa perder tempo enquanto meia dúzia enriquece.

Vamos a outro paralelismo, vejam como a natureza tem lógica e afinal acaba impondo as suas leis. Quando estamos de estômago cheio, a chamada pança cheia na política, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar o álcool que vai chegando. É tipo a comunicação social madeirense a inventar entretenimento para encher a pança do povo com tretas, enquanto o sistema arranja forma de metabolizar o ORAM ou a Bazuca. Ler notícias dos dois jornais da Região assemelha-se à intoxicação por etanol mais intensa quando bebemos em jejum. Sabem porque há "banquetes"? Para cegar o balúrdio que se paga por obras. E vamos de novo ao paralelismo, bebidas alcoólicas gasosas, por exemplo cerveja, dopante barato, são absorvidas mais lentamente tal como alimentos ricos em proteínas, uma espetadazinha, e como sobremesa ainda melhor, ou seja, açúcar porque reduzem reduzem a absorção do álcool. Parece que andamos sempre bêbados para não saber o caminho para um futuro colectivo ... e os abstémios são uns filhos da puta lúcidos. Terra em cima deles.

O álcool toma conta de todo o organismo mas os seus efeitos mais visíveis no cérebro, ora, ora ... principalmente durante uma intoxicação aguda. Se estamos em bebedeira há 45 anos, a tua vida normal é andar bêbado e acostumas-te tal como a dor de cabeça de uma tensão alta. É o estado actual do povo madeirense, habitua-se à bebedeira e é de fora, aqueles que se impõe, como no CINM e a Europa que manda cobrar os impostos. Vemos que já são os outros a cuidar de nós depois de financiar.

O futebol, o Euro, o álcool, a política regional deveriam estar a um nível de "quanto baste" em cada um, para não haver seguidismo cego, fanatismo. Em pequenas doses, o álcool tem uma acção estimulante, levando à euforia, desinibição e maior interacção social. Pequenas doses já afectam a coordenação motora e a capacidade de concentração. Por isso te carregam na dose (cavalar) para ficares um idiota. Quanto maior o nível de qualquer dopante, como o álcool ou o futebol, a tua capacidade de julgamento fica alterada e surgem os comentários e as acções impróprias, como votar 45 anos no mesmo que te faz pobre. Chegando ao timoneiro alucinado com pó talco e riqueza não imaginas quão maleável fica ...

O entretenimento, tipo o futebol ou o álcool, em plena circulação intoxicam-te os neurónios, levando à inibição do funcionamento do sistema nervoso, deixam-te complacente e indiferente à catástrofe económica, demográfica, social e política. É importante te dizer que o nível de entretenimento fornecido pelos dois jornais regionais e de toda a comunicação social em geral na Madeira tornam-te um bêbado a caminho da morte, escolhe o teu estado actual: letargia, sonolência, redução do nível de consciência, coma e morte. Se todos acham que o caminho é participar e tentar a máfia, julgo que estamos no coma porque mesmo com a salvadora Bazuca, para meia dúzia, vamos a caminho da morte colectiva.

O teu fígado já substituiu os teus intestinos e não consegue metabolizar tanta merda, larga a bebedeira. seja qual for!

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Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 28 de Junho de 2021 09:37
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