A Madeira não tem diplomacia nem solidariedade


A o longo da pandemia e mais do que uma vez, as formas de isolamento e bloqueio não deram certo à Madeira. Não se tornou uma vantagem, feitas as contas em cada etapa. No entanto, internamente, os nossos governantes colheram alguma simpatia com as atitudes explorando o medo da população em relação ao desconhecido. Deu para perceber que se isolar à bruta dá errado, "fechem o aeroporto", os cruzeiros, rua do autocarro, etc, e que a estratégia de passar ao lado por descriminação positiva também foi um erro porque o país era visto como uno. Deu-se com a estratégia de promoção no turismo que a Madeira passou ao lado da iniciativa e estratégia nacional que foi mais bem sucedida.

Quando pela primeira vez houve voos com passageiros, naquela que foi a primeira abertura, todos viram que Faro e Canárias receberam primeiro e mais passageiros do que a Madeira. Alguns incrédulos não percebiam o porquê da imagem de destino seguro vingar melhor nas Canárias e depois nos Açores. Tudo isto aconteceu para exemplo da Madeira que não cativava voos tão facilmente. A Madeira orgulhava-se depois com o seu "Madeiqa". Por cá ninguém aprendeu.

Tivemos o exemplo que a Europa quis dar, nesta primeira oportunidade, com compra de vacinas para todos os Estados Membros, somando quantidades e posição negocial, de forma equitativa, e o Governo Português, apesar de algumas ovelhas negras na família europeia mostrarem o seu passado "russo", todos foram respeitadores do acordo. A solidariedade fez registo na nossa Europa Ocidental.

A Madeira parece do bloco de leste, sempre pronta a destoar e dar uma ferroada, nunca solidária, por vezes nem umas palavras dirigidas a quem em momentos tem infortúnios, desastres ou intempéries, sabe bem receber uma atitude que nada custa. Tudo isto vai dando mostras que os outros retêm sobre a nossa qualidade humana que começa no "para Timor nem um tostão" mas, que quando estivemos na mó de baixo eles enviaram donativo. A Madeira, sem a solidariedade europeia e integrando Portugal nunca teria acesso às vacinas como teve, seria um "estado" da plataforma africana sem o estatuto. Sem a Bazuca que vai salvar muitos DDTs será outro exemplo, sempre por ser "Europa" via Estado Português

Os ingleses, por mais do que uma vez, mostraram também a sua qualidade humana, a arrogância, e puseram-se de fora da União Europeia, até ao momento isso não deu certo, basta ver a fuga massiva de empresas para praças financeiras na Europa e a deslocação de sedes e fundos para fora do Reino Unido. É outro exemplo de que a Madeira deve atender, interpretar e observar os resultados.

Com a mesma postura sui generis, duas equipas de futebol inglesas disputaram a final da Liga dos Campeões em Portugal. Voltamos a ver os exageros dos ingleses. Usufruíram e partiram. Apesar do Estado Português ser acusado de não ter tido pulso para dominar os exageros, o que aconteceu mais uma vez foi uma mostra de que os ingleses não sabem se comportar no futebol, com a bebidas e são foco de desordem.

A Madeira colocou-se de parte e em vez de salientar a injustiça das autoridades e governo inglês para com o país, não mostrou solidariedade, olhou só para o seu umbigo e quis descriminação positiva. Voltou a mostrar um desprezo pelo país, continuando a usar a política para dividir os portugueses. 

Curiosamente, a Madeira deseja aquele povo que não sabe se comportar para o seu turismo. Se de hoje para amanhã, vier uma grupo e mesmo sem futebol repetir as cenas da baixa do Porto na Madeira e o destino for catalogado com uma côr nefasta pelos ingleses, o governo português deve se portar como a Madeira fez e como o secretário Eduardo Jesus verbalizou?

Lamentavelmente, décadas de estupidez refinaram na actualidade e mesmo com vários exemplos ninguém aprende. A população tende a consumir e a imitar estes maus exemplos, e eu tenho a certeza que num futuro, quando estivermos na tal mó debaixo, alguém daqui vai se lamentar que "ninguém liga". Porque é um desprezo silencioso que parte de dentro com mágoa. A Madeira esquece-se da sua diáspora na Europa ....

Temos governantes com falta de diplomacia, categoria e carácter. A Madeira está entregue a gente mal formada e com maus instintos. Egoísmo e umbigos. Ainda ouviremos estes tratamentos replicados contra madeirenses no restante território português e na Europa. Eles vêem tudo e a Madeira está com egoísmo sistémico quando depende totalmente do Estado Português e da Europa. As manias da Flama ainda comandam cabeças.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 5 de Junho de 2021
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