D izem, no futebol, que quem não marca sofre mas, também muitos não gostam do anti-jogo que quando um empate chega acaba por resultar em derrota. Num partido da oposição, um líder existe para consubstanciar provas de que tem uma leitura e teria uma decisão diferente se fosse governo, em suma, que a administração da coisa pública seria melhor com ele.
Também é função do líder partidário na oposição, colocar os dedos na feridas das incompetências, fiascos e ilícitos que um governo vai apresentando, para fazer notar e ficar publicamente registado para memória futura. Quando for candidato a liderar um governo.
Um governo põe à prova um vencedor da contenda eleitoral. Um parlamento põe a prova o líder partidário derrotado em eleições, mais ainda se for líder da oposição. A derrota não é uma vergonha em democracia, porque o eleitor pode muito bem votar ludibriado mas segunda vez não pode acontecer, ora ... vamos há quarenta e tal anos nisto. Quem falha é a oposição. Quando há partidos mais pequenos a se sobrepor, significa que um grupo parlamentar maior ou muito maior, tem um bando de ineptos na produção de factos, fiscalização, liderança de temas fracturantes, tem fraca gestão ou até incompetência. Não têm conhecimentos nem carácter para o desempenho das funções.
A mais completa tristeza dá-se quando nem um e nem outro se mostram capazes, tanto governo como a liderança da oposição. É o que se passa na nossa Região. Mas, diga-se que se o chico-espertismo é a arma do PSD para condicionar o debate parlamentar, quando está em máxima exposição à fiscalização, já o ruído é rei e o PSD sai incólume. Os eleitores saem frustrados por verem, saberem e serem capazes de colocar melhor o governo em xeque do que aqueles que os representam no parlamento. Isto dá-se por falta de trabalho de casa dos deputados que, pertencendo a um grupo parlamentar mais lato, deveriam se organizar para produzir mais. Em contraponto, por conhecimento profissional ou por eleitor intelectualmente desenvolto, todos eles eleitores percebem a ineficácia da oposição, mais concretamente o PS, pondo de parte os partidos do folclore e fazendo justa homenagem à JPP.
Paulo Cafôfo que leva anos a perder a melhor conjuntura de sempre para haver alternância, mata-se a cada dia como líder do PS ... porque não sabe liderar, não sabe o seu lugar (não segunda figura no parlamento), não sabe capitalizar com o governo regional mais incompetente de sempre que é trafulha, aldrabão, cleptocrata, omisso, um show de expedientes e um fartote de erros de gestão e de casting ... que não se demitem, profuso de tachismo incompetente e que leva a região, alegremente, para novo desastre ... que nem a Bazuca evitará por todos e exactos vícios que se vão repetir com o PS a ver.
Por vezes, fica a ideia no eleitor de que a oposição quer ser grande na oposição e não mais do que isso. Procura portanto o tachinho, também eles, no Parlamento mas que lá chegados são tão incompetentes quanto os outros no governo. Isto deve-se ao facto das listas eleitorais não serem escolhidas pela competência mas por arranjos partidários de conveniência e emprego.
O sucedido no congresso da Juventude Socialista regional, indicia que Paulo Cafôfo depois de falhar a alternância e a liderança da Oposição, está agora a falhar na liderança do partido. Significa que junto dos seus há o reconhecimento interno daquilo que os eleitores estão a ver. Um indivíduo ineficaz para o lugar que ocupa. É natural que seja em breve, se já não está a ser, colocado de parte no partido mesmo sendo líder, tudo porque não convence nem granjeia apoios neste estado Zen que tudo permite ao Governo Regional. Depois do episódio que o fez morrer na praia nas eleições regionais (associação a DDT), parece que o líder da oposição não quer acusar todos os DDT que são governo nesta região com a mão metida nuns trapos que fazem de marionetas no governo.
Tão ampla condição e conjuntura a ser desaproveitada é a morte do líder da oposição. Um fraco que tem um excelente candidato à CMF e que esperemos não venha a contaminar as listas com as suas escolhas sempre absurdas, com mais fracos ou peões de DDT's.
Este meu escrito, que com certeza será incómodo para muitos, simboliza a frustração de todos aqueles que são melhores e não têm uma oportunidade e dos eleitores apostados na alternância que olham com desespero para a situação. Todos apostamos que uma criatura desejada pelo PSD como líder no PS irá surgir, há vários meses que o promovem no GR, nos jornais e até no congresso da JS. Deus dá nozes a quem não tem dentes.
O PS é sempre este triste espectáculo na Madeira. Bando de burros sem ambição nem colectivo. Venha a vitória do competente e trabalhador Miguel Silva Gouveia na Câmara Municipal do Funchal para limpar dois partidos, desde logo o PS impondo respeito por capital político aos esquemáticos sem aceitação popular mas também, despachando o Pedro Calado, de bico doce e orientado pelo betão, no PSD, para que haja luz nesta região com a volta dos social democratas desprezados, que se vê serem os únicos com escola política para gerar decência, rigor e futuro enquanto governo! Já que a oposição só quer um tachinho no Parlamento. Paulo Cafôfo saiu do âmbito da compreensão, da tolerância e da condescendência, ou produz ou acabou. Penso que já acabou. Se Paulo Cafôfo foi professor imagino a quantidade de valores que passaram ao lado ...
Já não se aguenta esta porcaria em que vivemos, ainda para mais com jornais que já nem se folheiam, outros que passam ao lado da sua função. Viva a grande máfia do Atlântico.
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Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 17 de Junho de 2021 06:43
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