F elicito-vos por tentarem manter a mente dos madeirenses abertas perante a hegemonia do pensamento único que está a matar a Madeira. Trago uma ideia que se resume a poucas palavras mas com certeza todos entenderão.
Infelizmente a nossa terra tem verdades absolutas, a que interessa aos que se estabeleceram na Madeira Nova. Quem se "montou" naturalmente não quer desmontar, o problema é que se fossem actividades sem fomento da pobreza era tolerável, no entanto, é exactamente ao contrário.
Fizeram já notar no CM sobre a investida dos homens de mão do betão a tentar proteger o candidato Pedro Calado (link), justificando com mais obras e emprego na construção, é uma grande falácia! A construção está a fazer ruir a nossa demografia com a emigração, substituindo por emprego temporário a estrangeiros, situação que já aconteceu no passado na era da Madeira Estaleiro. Bastava que a Direcção Regional de Estatística desejasse fazer um trabalho sério, ainda por cima tendo os mais recentes Censos na mão, para chegar a esta conclusão. A par desta realidade, a falta de rendimentos também faz ruir a natalidade, 700€ na construção não aguenta uma família. Até sendo apto para a construção, o melhor é emigrar para ganhar entre 2.300 a 2.700€.
É facílimo de entender que, se não promoves emprego para a formação que produzes, vais condenar essas pessoas formadas à emigração e consequentemente importar pessoas para emprego temporário. Tem alguma lógica obrigar gente formada a ir para a construção? Afinal quem está desenquadrado da realidade? No fundo, exportas massa cinzenta e importas desqualificados. É o caminho da desertificação cultural e da formação. É natural que depois haja falta de alunos na UMa porque, com esta perspectiva, os mesmos estão aliciados para aceitar as propostas das universidades no estrangeiro que oferecem condições inigualáveis e carreiras aliciantes no fim do curso. Pacote completo!
Só há emprego na Construção e aplicam a necessidade de 4000 para abafar a catástrofe maquilhada e real do desemprego. Temos muito mais desemprego do que aquilo que anunciam. Temos o registado, o camuflado e o que foi banido das listas, de forma similar às Listas de Espera que de vez em quando se purga demais. Temos muita meia idade parada, fruto de sucessivas crises que nunca tiveram oportunidade, excelentes e com experiência real, muito mais do que qualquer canudo oriundo do Bolonha. É outra vertente desaproveitada.
Desculpem-me mas desqualificados mesmo são estes governantes sectários.
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