18 meses escravo


N o passado dia 7 de Maio de 2021 deu-se a Cimeira Social do Porto, na qual, todos os parceiros da U.E. intervenientes, afirmaram o compromisso com metas sociais para 2030. O nosso Primeiro Ministro António Costa, através dos órgãos de comunicação social portugueses, congratulou-se perante o país por tais metas de justiça social alcançadas.

Acontece que, é o próprio governo português, pelo menos o da Região Autónoma da Madeira – coligação PSD CDS e autarquias afectas ás mesmas cores políticas; Câmara Municipal do Funchal – coligação dita de esquerda PS, BE, PDR E NC; e Câmara Municipal da Ponta de Sol – liderada pelo partido PS, partido político que se diz dito de esquerda; a promover a desigualdade social, a pobreza e a exclusão social, através da precariedade laboral. Camuflado de Programa de Formação e Ocupação em Contexto de Trabalho, recorrendo a fundos europeus, as entidades acima referidas promovem a escravatura de seres humanos seus concidadãos, ou seja:

  • Para fazer face à falta de mão-de-obra e evitar a contratação laboral, estas entidades, ao abrigo de programas de formação e ocupação em contexto de trabalho, vão buscar pessoas desempregadas para as mais diversas áreas onde exista a falta de trabalhadores.
  • Estas pessoas têm os mesmos deveres de um funcionário público – o dever de prossecução do interesse público, o dever de isenção, o dever de imparcialidade, o dever de informação, o dever de zelo, o dever de obediência, o dever de lealdade, o dever de correcção, o dever de pontualidade e o dever de assiduidade – mas não os mesmos direitos.
  • Como qualquer funcionário público, têm de cumprir 35 horas semanais por 438€ (menos 200€ que o ordenado mínimo estipulado por lei) e sem direito a descontos para a segurança social ou reforma, sem direito a subsídio de férias e subsídio de Natal e sem direito a subsídio de alimentação.
  • Findo tal programa dito de formação mas que de formação nada tem - já que as únicas indicações dadas são o local e tarefas a desempenhar -, qual fabrica de produção de carne, estas pessoas são mandadas embora pois outras já estão disponíveis para lhe ocupar o lugar. E já lá vão 5 anos (no mínimo) nesta brincadeira de “iluminados”, sem contratar quem quer que seja – ou se contratam, em cada 100 entra um e tem de ser amigo da máfia por detrás da governação.

Estas entidades, nas suas páginas on-line, congratulam-se por este “bem” que fazem à sociedade e aos coitadinhos que por alguma razão se encontram desempregados. Já Adolf Hitler fazia o mesmo quando mandava colocar à entrada dos campos de concentração “ARBEITEN MACHT FREI” (o trabalho faz-te livre). Os donos dos campos de algodão e café – coronéis, como eram conhecidos no Brasil - faziam o mesmo quando diziam que a escravatura era uma forma de salvaguardar a existência dos negros, através do trabalho, por um tecto para dormir e um prato de sopa para matar a fome.

Não admira que em Portugal a precariedade laboral e pobreza social seja tão alta. É o Estado a incentivar a tal através do seu exemplo.

A situação desumana aqui exposta, constitui uma clara violação da Constituição da República Portuguesa – artigo 59.º n.º 1, al. a -, ao Código do Trabalho – artigos 24.º e 25.º - e à Declaração Universal dos Direitos Humanos – artigo 23.º n.ºs 1, 2 e 3 – onde é referido que, para trabalho igual, igual salário; que todo o ser humano tem o direito de ter uma vida digna.

Esta situação até é perfeitamente expectável de um Governo de coligação PSD/CDS – dois partidos de direita sendo o CDS um tipo de sionismo católico em vias de extinção – mas de uma coligação dita de esquerda como aquela que governa os destinos da cidade do Funchal ou de uma câmara da Ponta de Sol dita Socialista e de algumas freguesias da Ilha da Madeira governadas por esta esquerda “social”, que se dizem preocupadas com a justiça social, dá que pensar.

É caso para afirmar-se que muda a forma, mas o cheiro nauseabundo é o mesmo. Tal como dizia George Orwell (pseudónimo de Eric Blair), no seu livro editado em 1945 “O Triunfo dos Porcos”,” todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que outros”.

Para completar o ramalhete, a Câmara Municipal do Funchal – as outras entidades referidas não se sabe mas é possível que também – após um ano de esclavagismo, congratulando-se pela ajuda que prestou aos “novos escravos”, envia-lhes uma carta postal, facto que não deixa de ser hilariante. Estes coitadinhos não se podem esquecer da grande ajuda oferecida pelos todos poderosos. Para mais, este órgão autárquico, devido ao sucesso de tal medida de escravidão, prolongou os prazos de actividade. Em vez dos 18 meses máximos para frequência em tais programas, os “coitadinhos” terão outros tantos para se esfalfar quase de borla. A estada pode agora ser de 36 meses. 

Depois, quando um Ministro das Finanças Holandês (Jeroen Dijsselbloem) afirma que “os países do sul da Europa gastam o dinheiro todo em copos e mulheres”, ficam todos escandalizados; reação típica de quem não gosta de ouvir as verdades.

Pelos vistos, a escravatura não se exerce só em Odemira e sobre povos migrantes; exerce-se em outras partes do território português, pelo Estado Português e alguns partidos políticos que o compõem, sobre portugueses.

Uma última nota: não se está contra tais programas mas sim do aproveitamento de que alguns seres iluminados fazem dos mesmos. O aproveitamento que se faz do desespero de muitos cidadãos, para os por a trabalhar em regime de escravidão e a seguir os mandar embora com uma mão atrás e outra à frente.

PUB: dê LIKE na nossa página do Facebook (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 13 de Junho de 2021 14:28
Todos os elementos enviados pelo autor.