Parabéns Mister President

 


A Autonomia da Madeira, à semelhança da entrega das colónias portuguesas, interrompeu um passado político, cultural e social há décadas caduco e senil. Mesmo a precisar de caixote do lixo do passado. O regime de partido único acabou mas, para as ilhas adjacentes, sobrou o estabelecimento de uma Autonomia política constitucional.

Acabamos por não partilhar o mesmo destino dos territórios ultramarinos, “para eles foi” a inegável e inquestionável Independência. Conhecidos os riscos, a possibilidade da repetição das turbulências e as indecências de outros tantos novos países a deriva no mundo das nações africanas era real. As nossas ex. colónias acabaram com o mesmo destino. Já se previa…!

O abrupto vazio de poder,a falta de calendário e de preparação para o novo estatuto, a tomada do poder pelo mais forte, pelo mais esperto e pelo menos escrupuloso, foi direta e imediata. 

Mas, curioso e tristemente verdade, a concessão da nossa Autonomia política pela Republica Portuguesa, conduziu-nos ao mesmo resultado. Ou seja, o estabelecimento de um regime autoritário e ávido do exercício do poder. 

Hoje o que temos? 

Um Regime autónomo autoritário e impiedoso, desenhado e torneado à volta de um partido político, ideologicamente corrompido e orientado para a manutenção do poder. Focados unicamente em si mesmos e absolutamente controladores de todas as dinâmicas sociais, empresariais e culturais. Tal qual o que aconteceu em Angola, Guiné-Bissau e por ai adiante…  


O autoritarismo segura o poder

O controlo absoluto da nossa Autonomia é determinado por armas diferentes mas igualmente eficazes, como foram as metralhadoras e as minas dos exércitos dos Eduardos dos Santos, dos Ninos Vieira e dos Samorás Machel e Pascoais Mocombis …  

A chantagem social é tão “mortífera” como um fuzilamento ou uma eliminação sumaria. O poder avassalador do Estado dificulta que qualquer poder rival emerja e represente um desafio de alternância. Nesse sentido, o partido político dominante anula na base da sociedade e, na manipulação do sistema, qualquer tentativa de inversão da posição de poder.  

O partido dominante transveste-se de poder de estado

Qual PRI mexicano. Setenta anos a “ganhar eleições” até ao dia que apareceu um palhaço que não soube “conduzir” a máquina e estatelou-se numa parede para sempre. PRI, um partido político de culto, uma coisa tipo fanatismo futebolístico, assim tipo, Benfica, Porto. Sporting, Marítimo … Etc. 

Qual ideologia, qual programa politico, qual seja o quê! 

O campeão das ilhas será sempre campeão ou coisa do género. Lá como cá, temos um partido que se equiparou à dinâmica corporativa, tipo o vermelho Ferrari, Verde Jaguar ou Azul Red Bull. O nosso Arquipélago vive, gere-se e domina-se como se fosse um jogo de brincadeira. 

O Avelino do AFA é um herói, o Sousa dos contentores é um notável espertalhão, engana e come todos, muitos queriam ser como ele, ricalhaço e com cabelo pintado tipo espetáculo burlesco parisiense. O Pestana dos hotéis é um destemido dono de hotéis e sorvedouro de subsídios, autêntico eucalipto que a suga e seca tudo à sua volta, sem falar daquelas figuras todas do regime, os herdeiros do pai, os asneirões que fazem de palhaços ao lado do herdeiro da mãe e de outros herdeiros, toda aquela trupe de submissos e submetidos ao regime. Não atrevem a arriscar o seu privilégio pelo futuro dos seus filhos e da sua terra.  

Temos agora um condutor, que tal como no PRI Mexicano não sabe conduzir nem deixa que ninguém o ajude. Uma óbvia cisão na hegemonia da liderança do todo-poderoso partido dominante. 


O alarve vice-presidente cobiça o poder, melhor, teme que se perca. Tem obrigações e compromissos de performance com o poder económico. À “má cara” rebentou, com o apalavrado e estabelecido ao montar a sua magnifica equipa de varredores candidatos a Câmara do Funchal. Que são Tiago das Obras e as Pedras da Calçada não lhe fujam debaixo dos pés. Se perde é o fim! Não dele, mas de tudo … !

O Palhaço chefe, entretanto, desde que tenha uma visita para fazer e uma fotografia para tirar, tudo passa ao lado … !

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Terça-feira, 4 de Maio de 2021 20:30
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