O Animal!


P ara Aristóteles, o Animal político define-se com um cidadão livre que desfruta de vantagens intelectuais sobre os que se limitam a obedecer, sem questionar. Assim sendo, o conceito de Animal de Aristóteles adapta-se perfeitamente a Miguel Albuquerque.

O político Miguel Albuquerque foi criado na velha escola da Juventude Social Democrática onde aprendeu a enfrentar os adversários e a vence-los. Miguel Albuquerque sempre foi a esperança da JSD para substituir Alberto João e, até numa bela noite, foi encostado à parede pelos seus camaradas de luta que lhe disseram que se ele quisesse ter futuro político deixasse de ser queque e descesse à terra para perto do povo, porque é assim que se ganha eleições. Miguel ouviu o conselho, agradeceu e concordou. 

Anos mais tarde, quando lutava pelo poder no PSD, convidou os mesmos para reuniões secretas no seu escritório de advogados para ter deles o apoio necessário para derrotar Alberto João Jardim. As conversas - cujos pormenores irão ficar para sempre na confidencialidade dos presentes - apontavam para uma revolução interna no sentido de ter o partido mais perto das bases e longe dos grupos económicos que manietavam a Madeira.

Depois da primeira volta, e sem a maioria necessária para vencer as internas do PSD, precisou dos 5% de Sérgio Marques e com a conivência secreta com Jaime Ramos venceu Manuel António enviando Cunha e Silva definitivamente para o exílio.

Depois de estar no poder, esqueceu as promessas feitas aos seus camaradas da JSD e afastou-os sem dó nem piedade. Pressionado por uma contestação interna, liderada na clandestinidade por Alberto João Jardim, não demorou muito tempo a afastar Sérgio Marques e a entalar Manuel António. Mais dois para a lista!

Depois do fiasco das Autárquicas, inventou os culpados para as derrotas e afastou-os também como se ele não tivesse nada a ver com isso. Nunca se retrata, nunca tem culpa, é a vantagem da razão da força.

Anos mais tarde, quando o PSD perdeu pela primeira vez a maioria absoluta nas Eleições Regionais não teve pejo nenhum em se aliar com o CDS, acenando com cenourinhas onde a ambição desmedida dos famintos centristas fez o resto. 

Conseguiu com isso matar dois coelhos com uma cajadada! Uma maioria para governar e a destruição do CDS, o que Alberto João Jardim nunca tido conseguido! E sem perder muito tempo, já está a pensar fazer o mesmo com o CHEGA e com outros pequenos partidos que julgam que Miguel Albuquerque e o PSD vão mudar para melhor.

Sem surpresas e depois de não contar com os derrotados das eleições Autárquicas, foi agora buscar os mesmos insurgentes com as mesmas promessas de união que fez aos antigos colegas da JSD. O problema é que se Miguel Albuquerque não ganhar as Autárquicas de 2021 - e ganhar significa recuperar pelo menos o Funchal - os culpados serão sempre os outros, que serão afastados e destruídos da mesma forma. 

Não tenhamos dúvidas que estamos perante um Animal Político maquiavélico, que negoceia com quem lhe dá mais jeito no momento e não vai ficar por aqui, por isso, Calado só o pode "comer" antes ou é trucidado vivo! O PSD está em pantanas, muito curtinho para fazer listas, sobretudo nas Autárquicas no feudo da Renovação, mas Albuquerque sobrevive sem fazer nenhum!

A política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros.

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Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 23 de Maio de 2021 14:55
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