Martelo com o Marcelo



O Presidente Marcelo, com os seus ares de Ministro do Ultramar, neste Domingo dia 2 de Maio de 2021, deu um raspanete, bem dado, ao Marajá do Distrito Autónomo da Madeira. A sua lição de Democracia e de modernidade, ao receber com dignidade e sem reservas de visibilidade os partidos da oposição madeirense, é um muito bom sinal para o Povo Madeirense. Ficou claro de que a oposição Madeirense tem valor e valores, e quem exerce a magistratura mais elevada da nação da Republica Portuguesa, respeita-a e “dá-lhe ouvidos”. 

A imagem de inúteis e de desconsiderados, que a anormalidade institucional do Governo Regional tenta afirmar junto a população madeirense, afinal é fantasia e mera tentativa de enganar o povo eleitor Madeirense e Portossantense. 

Mas …! Professor Marcelo, Presidente da Republica, muito dano já aconteceu, muito já se destruiu e muito “já não tem remédio”. Chegou tarde para travar a contrafação da nossa Autonomia politica, da subversão das nossas instituições e do total domínio do poder político de base, as autarquias. Estas totalmente dominadas pelo poder político e económico do Governo Regional. Asfixiando umas, as que não são da sua cor politica, e folgando financeiramente aquelas que o são. 

Esta, tão óbvia e evidente situação, castiga o povo eleitor que não escolheu o partido “do governo regional” ou seja o PSD. Isto é uma perversão da Democracia, ou não? Você, que se afirma Presidente de todos os portugueses, saiba, ou tenha presente, que a Autonomia política da região não nos diminui ou diferencia negativamente da cidadania portuguesa: A Constituição é a mesma. Também somos cidadãos Portugueses orgulhosamente Madeirenses. 

Até ao seu regresso, observe e considere como as instituições dominadas pelo regime politico madeirense usam e abusam da legislação Portuguesa e Europeia. A capacidade de adaptação à Região da legislação tem em si um objetivo justo e necessário, mas a pratica tem sido a de subverter o sentido, os objetivos e as intenções do legislador, por tal, abusam sistematicamente do verdadeiro e estatutário sentido que capacita a Região Autónoma à produção de adaptações legislativas. 

Professor Marcelo, Presidente da Republica, Excelência. 

Aqui nesta terra, que você também representa e exerce o seu magistério, viciam-se leis da Republica, Normas e Diretivas Europeias, Convénios e Convenções Internacionais firmadas pela Republica Portuguesa, tudo na mecânica e no ardil da adaptação legislativa e quantas tantas vezes com simples resoluções do Conselho de Governo. 

Como “isto” pode passar-lhe “pelas barbas”?  Como?

Ahhhh ... OK! Não é você que resolve, etc, etc, etc ... já sabemos a vossa resposta técnica. Mas o que falamos e o que descrevemos tem mais a ver com a normalidade democrática e com o respeito pela Constituição Portuguesa que já é outra coisa. E de isso, você não tem escape politicamente aceitável. 

NÃO TEM !

Sabemos que desconhece que aqui se retêm subsídios para agricultores e que para os receberem são chantageados, diariamente. Sabemos que desconhece que compromissos internacionais da Republica Portuguesa são ultrapassados por regulamentos aprovados por meros conselhos de governo. Sabemos que nunca lhe chegou aos ouvidos que se fazem e instruem processos, quase sumários, a professores e outros funcionários, com o objetivo de “ensinar ao povo” de como se manter submisso e benevolente para com as elites económicas e senhores poderosos do governo.

Que a Democracia aqui é deficiente!

Resumindo, sabemos que pouco sabe, ou melhor, muitas coisas sabe, mas julga que não deve. O refugiar-se no institucionalismo das suas funções não é assim tão politicamente honesto.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 3 de Maio de 2021 02:04
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