As moratórias que salvam Albuquerque

 

A palavra do momento é "moratória", quem tenha compromissos com a banca esta familiarizado, é uma disposição legal que prevê, em circunstâncias especiais, a prorrogação ou suspensão do cumprimento das obrigações decorrentes de contratos de crédito, neste caso devido à pandemia que paralisou a economia.

A pandemia foi o motivo mas Albuquerque esticou-se, parece que gosta de ensaiar a limitação das liberdades das pessoas esquecendo-se que, se não as mata com a pandemia, mata com a economia. Muitos negócios familiares e empresas, se não estiverem em circunstâncias de reduzidos custos fixos, sabem que já ultrapassaram a resiliência e a solução será, em muitos casos, meter a insolvência, empresarial ou pessoal, e fazer com que alguém livre o acompanhe numa nova empresa. Os nossos políticos não percebem a realidade, só a teoria. A banca mata, só pede rácios num tempo excepcional e os apoios do GR são uma treta.

Ontem, Miguel Albuquerque ciente que os timings estão desfeitos e que vai começar uma época com as consequências, mais desemprego e mais falências, e não dotando a economia da Madeira de uma solução, quer que os particulares e empresários se agarrem às moratórias ... se houver. Porque ele não tem solução, não tem dinheiro nem plano e, quando vier a célebre Bazuca, haverá tantos candidatos como pedidos de emprego na Quinta Vigia. Será, por pressão, para os amigos.

Fechar foi fácil a ilha e usando o medo das pessoas trouxe popularidade, mas grande político teria sido se conseguisse implementar numa ilha outra solução que não matasse a economia ... e podíamos.

Veremos que cobertura teremos dos mass media regionais sobre este assunto, se calhar teremos mais um tempo surrealista a falar dos ricos auxiliados, pobre é um sem-vergonha. Mais um tempo de regras fixas num tempo incomum com tamanha paralisação da economia. As crises são boas para enriquecimentos "ilícitos", é um desporto para os abutres endinheirados. Estamos num tempo para a banca e os políticos se queimarem mais um bocadinho. Não se consegue construir vida em ciclos de crises. Eles que invistam.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 7 de Maio de 2021
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