As elites são alérgicas ao povo

 

F im de semana, tempo de caça ao voto, outra espécie em extinção. Lá vão eles com os cicerones locais a abrir caminho, a mostrar ao forasteiro a realidade que não se vê nas visitas ao betão ou nas verdades absolutas dos comunicados. O povo não é ribeira "segura".

Pelo que tenho visto in loco, o Pedro Calado não tem a popularidade que pensa junto da população e até se sente desconfortável com as massas de quem precisa, por qualquer meio, conquistar o voto. Não é "farinha" do mesmo saco. Se o PSD não leva a festa montada, vai ser muito forçado encaixar este elefante na loja de loiça chamada Funchal. A dondoca número 2 será a mesma coisa e estes contactos parecem artificiais.

As pré-campanhas e campanhas sempre mostram alguma coisa minha gente. Em abono da verdade é um bocado raro este percurso em sentido inverso, de cargos entendidos como superiores de governação regional para outros mais ligados à população no poder local. Só pode ter sido por extrema necessidade esta candidatura, em consequência da falta de quadros credíveis. O Pedro Calado pode-se achar com uma equipa de elite mas, só me faz lembrar o George Bush, a dizer que não se envia um míssil para acertar no cu do camelo.

Neste aspecto, tiro o chapéu ao Paulo Cafôfo e ao Miguel Silva Gouveia, popularíssimos. É assim que de um momento para outro a realidade se transforma. Pedro Calado, o todo poderoso vice-presidente, controlador dos média e senhor da única verdade a encarar de frente a população. Afinal o CM, órgão do povo, é bem mais fácil de se encarar, quando os anónimos têm rosto a coisa fica preta. É agora que os serviços do partido vão ter que preparar os encontros para imagens de banho de multidão em êxtase pelo senhor Calado.

Será peso na consciência da maneira como a Bazuca já está armadilhada para os mesmos de sempre?

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 9 de Maio de 2021 18:56
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