Albuquerque: cá se diz, cá se paga. Trinca a língua!

 

S ou um seguidor do paciente trabalho de serviço público do Gregório Gouveia. Recorda-nos a história recente através de documentos que vai publicando no seu Facebook. Hoje há uma de arrasar, publicação antiga, de 21 de maio de 2018 mas agora recordada, como tantas vezes nos acontece a nós próprios pelo Facebook.

O recorte é que 27 de Julho de 2007, na efervescência prévia de uma Festa do Chão da Lagoa, momento de acicatar militantes com narrativas abusivas e obsessivas, dizer montes de asneiras aos berros para ter razão, dos lapsus linguae, das bebedeiras sem operação stop, do snifar da terra e do sol tórrido a caminho das férias de Verão com o Ráli Vinho Madeira logo a seguir. Tudo foi morrendo, menos o topete.

Foi um tempo sem igual na história da Madeira, chapa ganha, chapa gasta, a Europa dava dinheiro a 80, 85% dos projectos, alguns a 100%. A malta do GR estava estarrecida, sentia-se poderosa, nascia o "quero, mando e posso" com o dinheiro dos outros e da dívida para os contribuintes. Era um tempo de nivelar a sociedade madeirense, de alargar a faixa da classe média, de extinguir as desigualdades sócio-económicas mas ... não o foi. Pelo contrário, foi um tempo de nascer e fazer crescer os Donos Disto Tudo que financiavam o partido e levavam o seu para comprar a Madeira Nova, simplesmente o modelo da Madeira velha noutras mãos. Cresceram tanto que, hoje em dia, em vez de termos uma classe média pujante temos pobres, muitos pobres e os tais Donos Disto Tudo como governo sem ir a eleições.

Os governantes abusaram mas também desceram à pobreza, intelectual, no campo das ideias para governar a longo prazo, agora é pela estimativa de levar o máximo num mandato. Os governantes foram aprisionados pelos DDT, trincam a língua pelo que disseram no passado, então drogados pelo dinheiro e hoje sabe-se lá o quê ...

Revisitar o passado é perceber que hoje se dizem as mesmas asneiras num contexto novo. Quão mal governados somos e quão memória curta. Quão falta de qualidade existe, mesmo com o constante bicos de pés de superiores. Quão povo silenciado pelas necessidades e pelo assédio.

Agora, com dívida astronómica e tesos a se fingir respeitados, pedinchamos, pedimos encarecidamente a quem já ofendemos a ver se nos enviam mais dinheiro para alimentar o monstro criado. O povo continuará na mesma ou para pior.


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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 22 de Maio de 2021 12:22
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