A 5% do colapso!

 

A Madeira é um paraíso, Sol, paisagens deslumbrantes e qualidade de vida. É esta a imagem que vendemos para o exterior na busca do pão do Turismo. Mas, infelizmente a realidade é outra. Por detrás do verde das paisagens está o cinzento do betão e dos interesses obscuros de uma classe política autista. Esta semana, mais um número surgiu para ofuscar o tal paraíso. O número de desempregados aumentou 23%, atingindo agora mais de 20 mil pessoas. Nesses números, mais de 20% são jovens, mas o verdadeiro drama situa-se na população ativa entre os 34 e os 54 anos em que mais de 79% continuam no desemprego sem subsídios de sobrevivência ou quaisquer expectativas de vida.

Os defensores do autismo político argumentam que a Construção Civil é o travão da hecatombe e que podia ser muito pior, mas esquecem que os empregos nas obras são temporários e de curto prazo empurrando apenas para a frente números ainda mais caóticos mas, sobretudo, esquecendo-se da formação que as pessoas possuem na atualidade. E quando acabar a obra do Hospital? Quantos mais desempregados vão surgir? Alguma empresa de construção civil vai contratar alguém com mais de 50 anos para carregar sacos de cimento?

O drama nestas classes etárias é de tal ordem que há casos de depressão e consequentemente indícios de suicídios eminentes, por não se sentirem válidos e sem dinheiro sequer para sobreviver. Não faz mal! A Segurança Social arranja uns subsídios e as Casas do Povo uns cabazes de arroz e resolve-se o problema! Ainda não perceberam que as pessoas não querem esmolas, querem é trabalho para se sentirem vivas!

As obras não são solução porque não criam empregos estáveis e basta olhar para o passado recente para verificar quantos empregos criaram as assombrosas obras das Sociedades de Desenvolvimento. Dez, doze? Faz-se de tudo para justificar a construção civil e as obras, não é preciso recuar muito para verificar o exemplo de um tal denominado de Estudo Ambiental de uma estrada de 11 milhões de euros, onde não vai passar ninguém, que apontava como principal objetivo positivo a criação de empregos. Quantos? Um, dois? Um investimento com um rácio de 5 milhões por emprego criado?

E no meio disto tudo, o Instituto de Emprego da Madeira limita-se a expedientes ardilosos criando empregos e estágios temporários, pagando abaixo do salário mínimo nacional para dissimular os números e, imagine-se, até o pormenor de que se algum desempregado não devolver o bilhete-postal fica automaticamente com a sua inscrição anulada no desemprego. Brincamos? É tudo feito para dissimular os números? Publique-se os números de sucesso dos programas do IEM!

Mas, se na população ativa sénior a situação é dramática, nos jovens o cenário não é muito melhor! A Universidade da Madeira orgulha-se de formar quadros que infelizmente se vão embora para outros países onde são bem recebidos à procura de uma expetativa de vida melhor. Aqui, no paraíso, ficam os menos válidos e os cábulas que sabem que a única hipótese de emprego qualificado é na Função Publica mas, até para isso, é necessário possuírem cartão laranja e uma boa cunha. Em resumo, exportamos a inteligência dos melhores como Alberto João sempre agoirou e ficamos com os incompetentes para fazer número na estatística do desemprego.

Com estes números estamos a 5% do colapso económico e os meninos queques deste Governo continuam a olhar para o seu umbigo convencidos que estão a fazer o melhor. O melhor? Para quem? Para eles?

Faltam ideias a este Governo que ainda não percebeu que o que os mantém no poder é o bem-estar de um povo. 

A última vez que a Madeira se revoltou foi em 1931 e a hipótese de uma nova revolta já esteve mais longe!

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Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 22 de Maio de 2021 12:45
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