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A função pública da Madeira está a servir cada vez mais para empregar gentes dos partidos, do PSD e do CDS, a ocupar lugares onde há possibilidade de criar postos de trabalho, os chamados tachos, que são afinal de contas dinheiro usado para prender pessoas ou satisfazer a clientela partidária à conta dos objectivos dos partidos. É uma forma de Jackpot.
Assiste-se a ultrapassagens macabras, a gente inútil que sobrecarrega sempre os mesmos que produzem, que lhes têm que dar assistência (fazendo o trabalho deles), que se vêem parados na carreira, vendo outros (por serem do partido) a galgar através de cargos criados para o efeito. Também existem aqueles que vão ao emprego quando querem, verdadeiros turistas a realizar trabalho para os partidos e não para a função pública.
Também se assiste a cada vez mais a assédios que depois geram situações de baixa como forma das pessoas readquirirem alguma paz. Assiste-se a pessoas que não estão com pachorra para aturar este descalabro e também a alguns doidos e doidas que, não percebendo a já monumental burocracia e disfuncionalidade implementada pelos interesses partidários, ainda estabelecem procedimentos de qualidade para mostrar serviço que são ... burocracia. Só as adjudicações para os amigos são simplificadas, o resto é para gerar trabalho inútil.
Pessoas com qualidade não apostam as suas carreiras nestes ambientes e é aqui onde quero chegar, a destruição do mérito e do brio, da qualidade e da dedicação, estão a gerar nem mais nem menos do que esta situação que vemos na empresa de electricidade da Venezuela, só varia o poço sem fundo do GR mas já vamos pagando pela incompetência e pelas dívidas. Há sempre um ónus.
Quando li esta notícia só me lembrei que o nosso presidente é um desbocado e um fanfarrão, diz que está controlado e descamba, deita culpas ao continente e afinal está a maquilhar a má situação daqui, temos uma Autonomia mas parece que quem governa a Madeira é Lisboa. Confundiu os socialismos para enganar os miras e apontou para a área da Saúde e a mim, experimentem telefonar para um centro de saúde ou a querer um exame ou uma consulta não Covid.
O que me passa pela cabeça, é que está instalada a mesma incompetência partidária na gestão dos nossos destinos e isto está a ficar como a Venezuela, com os quadros formados e de boa qualidade a partir da Madeira. Para terminar, todos sabem que a EEM na Madeira é outro covil de emprego do poder. Temos imensa sorte de sermos União Europeia mas esta incompetência e antro de negociatas um dia vai acabar mal.
Na Madeira não há livre iniciativa privada com igualdade de oportunidades e concursos limpos. Não se entra na Função Pública por mérito mas sim por cunha. Todas as famílias do poder acantonam-se na Função Pública mais os incompetentes, que se sujeitando a lamber botas, passam à frente dos melhores quadros. Todos são chefinhos e acabou a hierarquia e o respeito, instalou-se a anarquia de quem é filho de quem ou cunha de quem e não se toca. Vai dar tão errado como na Venezuela.
