Surrealismo JM


Q uando alguém está queimado na política, provoca casos na oposição, chafurda e especula, cria outras atenções para que com tempo se esqueçam da verdadeira essência do realmente mau da fita. Esta estratégia é de largo espectro, toda a hora, todos os dias, levamos anos mas há ainda quem se deixe confundir.

Paralelamente a isto, a estratégia pode ganhar mais ou menos efeito consoante a credibilidade granjeada na oposição, muito mais na esfera da competência do que do delito. Como pouco chegam ao poder para cometer o delito, tudo decorre no âmbito da suspeição e da futurologia, não nos factos. Mas é verdade que para se obter a dúvida no eleitorado, a suspeição recorre a factos reais de onde se extrai a especulação. Se nunca se mata essa fonte, o poder passeia-se.

O barómetro do JM enquadra-se num jornal onde o proprietário é o Avelino Farinha que tem um candidato chamado Pedro Calado. O hegemónico PSD é uma caricatura no presente porque os políticos deixaram de governar a Madeira, agora são os DDT's que ditam as regras em seu benefício. O resto é folclore e ficação. Depois de muitas barracas e descredibilizado, o JM reformula-se mas sempre com "sondagens ou estudos de opinião" com prata da casa e sem depósito legal. Os aprendizes da política, jornalistas a fazer política, vão passo a passo aprendendo a ser maquiavélicos e a compôr hipóteses que dizer ter saído da avaliação dos madeirenses. Até nesta suposição estão errados, o povo madeirense está farto de política, partidos, manobras e no meio desta crise medonha observa as jogadas dos privilegiados do regime para manter o seu estatuto.

A vida real, a economia real, a crise real, a profundidade da população a mingar e cada vez mais pobre, a falta de soluções para empresas e famílias, a corrupção, nada disto é tida ou achada. Isto é que é notícia mas pouco importa a um jornal de um DDT.

O barómetro é esmiuçado ao milímetro convicto de que todos lêem este entretenimento. Deixá-los felizes a tratar das suas vidas e tratemos das nossas que ninguém quer saber. A Madeira real está na Abstenção e não no pequeno quinhão, da fraca adesão, que se explora e remexe como se fosse o todo.

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Quarta-feira, 7 de Abril de 2021 07:21
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