Que sirva de exemplo

 

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A nossa sociedade divide-se em duas grandes partes, os que são tidos por esquisitos que guiam a sua vida por regras e respeito ao próximo e os outros que só pensam em si e o resto que se dane. Na estrada, porque sou condutor e vejo, são estacionamentos abusivos onde quase todos querem estar na porta do estabelecimento para andar pouco, por comodismo, não importando se estorva ou transgride as mais elementares regras de trânsito. Muitas vezes até existe estacionamento e é mais fácil para todos mas a estupidez é muita.

Existem os que guiam por piloto automático e telepatia, acham-se sós na estrada e não fazem sinais do que desejam fazer. Os outros que travem, se bater por trás quem não tem culpa passa a ter. Como aqueles casos dos heróis da faixa da esquerda que fazem diagonal para sair da via rápida in-extremis. Também existem as ultrapassagens sem noção de andamento e espaço, corta rente à frente e o de trás que trave.

Abrir portas de carros à campeão também é situação habitual no nosso quotidiano que marca a acção destes como o centro das atenções do trânsito, eles esperam, eles resolvem. Desta feita há uma morte a lamentar e uma bebedeira para condenar. Tudo isto só resulta, quando a estrela do egoísmo e da incúria resulta, por essa razão, esta situação deve levar a todos o repensar da sua atitude na estrada porque ela não é nem mais nem menos do que o espelho da nossa sociedade em todas as outras circunstâncias.

E porque vamos a caminho das Autárquicas, onde se debate tudo no "mata e esfola", menos o que interessa, creio haver lugar para as ideias de como resolver as situações de estacionamentos abusivos, segundas faixas, piscas eternos, etc. Não é fácil porque tudo é exíguo na Madeira mas se nunca debatermos e arrepiarmos caminho, o problema vai se agudizar. Até mesmo fora da cidade, no centro vão desertificá-la cada vez mais porque se torna inviável praticar comércio, para receber mercadoria, com poucos cargas e descargas e muitas vezes ocupados, com a distância do estacionamento para carregar compras desde longe no comércio tradicional. As pessoas querem levar carro, estacionar por perto e resolver a sua vida, por isso as grandes superfícies têm sucesso, se calhar é preciso copiar o modelo numa área comercial a céu aberto para o comércio tradicional, reinventar para vencer. Esta pandemia provou muita coisa, uma é que sem turismo a cidade é um deserto, que temos a mania de implementar soluções de grande urbe quando a baixa é pequena, a outra é que podemos mesmo alterar maus hábitos e sermos mais eficientes. A burocracia levou forte golpe por necessidade de pragmatismo nas abordagens.

Obrigado CM e continuem o bom trabalho.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 21 de Abril de 2021 12:54
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