J ulgar-se a si mesmo como o mais desejado e o único capaz, é um problema psiquiátrico “a cair” para a neuropsicologia. O Ego alimentado por uma ambição irracional, distorce a objetividade e desvirtua o ponto ... falsificando o ponto de observação.
Hoje, refletir politica e estrategicamente sobre a autarquia do Porto Santo não permite paralelo ou verossimilhança com o passado recente e mais remoto, depois do Alberto João. O momento pandémico, histórico, politico e social é único, assim como a geografia humana da militância dos partidos e dos seus protagonistas é outra.
Factos e enquadramentos dramáticos, devidos a pandemia mundial e a evolução da diminuída e desacreditada capacidade política e executiva do governo regional, somada à sua extrema submissão aos grandes grupos económicos, projeta uma impensável circunstância onde o governo abdica das suas prioridades e compromissos políticos e ajouja-se à vontade do poder económico.
A ascensão democrática de novos dirigentes, nas estruturas partidárias, altera naturalmente as dinâmicas operacionais e as relações entre quadros e recursos humanos. É natural alterações de programas, de modos e de métodos. Nada mais natural nas organizações saudáveis e equilibradas.
E não é só com uma mão que se baralham as cartas. A organização dos trunfos e o do jogo, em cima da mesa, é uma gestão de ativos, sejam trunfos ou palha. Atenção!!! Palha, às vezes, serve como trunfo, se bem jogada. Dar “palha a comer” é uma arte no jogo da bisca.
A rodada, é sempre paga por quem perdeu, ou seja, por aquele que pior organizou o seu jogo e que não geriu bem os timings do seu jogo. Aqueles que não aprendem com os vencedores serão os novos perdedores. Assim continuarão, infinitamente, a pagar as rodadas.
E o Porto Santo precisa de vencedores.
De pessoas orgulhosas da sua herança de resistência humana e social, acima de tudo orgulhosos e cientes da sua superioridade moral. Algum traiçoeiro pode desejar a derrota, mas a história não o considerará como integro, mais como um Judas Iscariotes ou pelas 30 moedas que leva no bolso.
A “unanimidade” corresponde-se com a determinação de vencer. A unanimidade de objetivos, mesmo na diferença de argumentos, é um ato de sobriedade e de nobreza. É sinal de discernimento, sensatez e maturidade.
O Porto Santo merece, e bem tem estado à espera, de uma verdadeira oportunidade de progresso social e de crescimento económico solido e condutor a uma qualidade de vida superior.
A caminho de 600 anos de história orgulhosos e únicos como Povo do Atlântico