Os "So(m)Sousas" dos eventos

 

Os espetáculos "delimitados"

L*** N**** e delfins Lda.

Delta Som Multimédia S.A.; Delta Som II – Multimédia, Unipessoal, Lda.; Som ao Vivo Lda., Eventos e Sonetos Unipessoal, Lda.; Choose Fantasy, Unipessoal, Lda.; Smart Choice Madeira – Audiovisuais Lda.; Senhores do Ar (Lisboa), são algumas das empresas do império L*** N**** e F***** P******, que dominam de forma esmagadora a área do som, luz e palcos na Ilha da Madeira;

Acompanhados por diversos testas de ferro (da Criamar (...), (...) o sobrinho do Cunha e Silva, do Funchal Jazz e dos negócios com AJEM, com a Controlmedia do (...) para que nada falhe nas certidões comerciais e nas consultas a três fornecedores para concorrerem todos ao mesmo, o que pode em alguns casos configurar um crime de conluio e fixação de preço, caso o Ministério Público tenha alguma vez interesse em investigar.

Bem estabelecidos na ilha, com Câmaras e Governo envolvidos, os mesmos que precisam de luz e palco para os comícios, têm contratos na ordem dos milhares de euros e ganham quase sempre tudo ao que se candidatam (principalmente em anos de eleições autárquicas e legislativas).

Um desses contatos mais proeminentes é, desde os tempos da Câmara Municipal do Funchal, a Diretora de Serviços de Dinamização Cultural, confessa amiga pessoal de L*** N**** que recentemente o tratou, num vídeo que foi censurado pela RTP Madeira, como um “um irmão”, falou da “química” entre ambos e rematou dizendo que é “meu parceiro de crime”,  seguido de uma risada maquiavélica, que retrata bem a proximidade, que devia ser motivo de conflito de interesses e inibir essa senhora de trabalhar com contratação pública que envolva estes fornecedores. 

Uma amizade de longa data, que estabelece a ponte de muitos dos contratos  com a DRC, esmagando os artistas na base da pirâmide, onde M**** da P** é dona e senhora de eventos e espetáculos, de gosto duvidoso e datado.

As práticas de concorrência desleal assumem contornos dantescos quando começamos a analisar os contratos. Só a título de exemplo, entre 2013 e 2020, este conglomerado de empresas auferiu perto de 9 milhões de euros, mais concretamente 8.993.999,23€.

Links para consulta: 

DELTASOM II - MULTIMÉDIA, UNIPESSOAL, LDA (nif 510372554)
1.064.558,78 € entre 2013 e 2020 (link) 

Smart Choice Madeira - Audiovisuais, Lda. (nif 510831125)
1.313.072,12 € entre 2014 e 2020 (link)

Choose Fantasy, Unipessoal, Lda (nif 510285260)
 1.125.009,00 € entre 2014 e 2020 (link) 

Eventos & Sonetos, Unipessoal, Lda (nif 514012633)
937.719,81 € entre 2016 e 2020 (link)

Deltasom Multimédia, S.A. (nif 511098022)
649.706,15 € entre 2009 e 2012 (link)

Som ao Vivo, Sociedade Unipessoal, Lda. (nif 511098022)
3.903.933,37 € entre 2009 e 2020 (link) 

E como se começa um império destes? Com políticos nas câmaras e no governo que não se importam de ser corrompidos para se perpetuarem no poder, nem têm escrúpulos em pagar mais pelos serviços porque o dinheiro não é deles, é dos contribuintes, que mais cedo ou mais tarde levam com mais carga de impostos em cima para pagar as vaidades e a ganância de políticos de terceiro mundo com manias de primeiro. Vejam qual é a carga fiscal nos Açores e comparem com a Madeira, está na altura do IRS é bom para isso. Lembrem-se que esse é o custo de patrocinar a vadiagem na política e as comissões da contratação pública cada vez mais cara, que também serve para pagar de forma encapotada as campanhas eleitorais dos partidos.

Basta ver os lindos contratos da Câmara Municipal do Funchal e da Direção Regional da Cultura. Este ano vai ser bom, como aliás 2019 também foi, que o digam os líderes partidários da esfera do poder.

Para quem não sabe, o senhor L*** N**** foi o principal causador da ruína da SIRAM, pois comprava material de som e luz a preços exorbitantes e algumas dessas listas de material que ele comprava, já havia em stock (...) ninguém sabe o fim desse material. Uma das responsáveis descobriu e confrontou-o com essa situação, ele saiu da empresa e juntou-se ao F***** P****** que estava a começar, e usou todos os contatos que tinha já estabelecidos da SIRAM fazendo dumping para ganhar clientes e foi assim que se deu início ao império, com margens de lucro exacerbadas para as realidades de mercado, principalmente se compararmos com eventos da mesma natureza no espaço continental, concertos por exemplo. Têm exercido o seu poder monopolizador com uma ação só comparável aos monopólios dos portos e da construção civil.

Nem tudo o que é lícito e honesto, portanto, partindo desta base, e mesmo sob a legislação vigente e a famosa consulta a três … este tipo de comportamento, lesivo para o erário público, deveria ser submetido a julgamento. A Cartelização é crime, para quem não sabe, é o conluio ou colusão entre empresas da mesma área para evitar a concorrência e regular os preços de venda e afastar competidores, o mesmo que os ingleses fizeram no tempo da Colonia.

Como se tudo isto não bastasse, o senhor L*** N**** explora os técnicos de som e luz tratando-os como mão de obra barata. Até uma simples formação, exigida pelo patrão, é paga do próprio bolso dos técnicos, quando os mesmos auferem rendimentos subvalorizados.

A relevância deste texto, assenta no pressuposto de não poder haver tolerância para quem se acha acima da Lei e faz questão de viver acima das possibilidades da maioria com o dinheiro que é de todos.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 30 de Abril de 2021 02:36
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Os Concursos Públicos e os Ajustes Directos necessitam de uma urgente fiscalização para acabar com os esquemas, em benefício da livre concorrência.