Madeira: estamos em Ditadura ou Regime Totalitário?

 

Que vem Marcelo Rebelo de Sousa fazer à Região?
Auxiliar, agora pelo lado B da Presidência da República,
a manutenção da Ditadura ou do Totalitarismo do Atlântico?
Quando é que a República intervém neste descalabro?
A visita vem em bom momento para puxar as orelhas, mas vai?
Agradeça os votos depositados em si ao povo, nada mais.

U sando um vocábulo que define o autor, que o vai buscar ao seu meio para atirar aos outros, é "pornográfico" o que se passa na Administração Pública ao serviço do partido de sempre. As décadas de poder mentalizou o PSD Madeira de que é proprietário, em plena posse e uso, dos meios logísticos e financeiros da Região Autónoma da Madeira para fins partidários.

Li esta manhã mais um caso, o da Ponta do Sol, onde se repete a "compra" de pessoas para as manter caladas e colaborantes na máfia instalada. Ao PSD nada custa criar lugares para o tachismo inútil, a 3000 ou mais euros, porque não lhe sai do bolso. O Jackpot não acabou, refinou-se com outra estratégia mais encapotada. O povo esquecido da política e da representatividade é que paga. Desta democracia do PSD, de DDTs que governam a Madeira, que se faz dívidas em seu favor e não para benefício do povo, da instrumentalização dos dinheiros públicos para beneficiar lóbis, esquemas e política partidária, nasce a monstruosidade que vivemos que, só por laivos do jornalismo do continente, realmente independente da máfia local, os pode beliscar.

Isto assusta e não são palavras da boca para fora, se procurarmos a definição de Ditadura, encontraremos um manancial de razões para nos convencermos que estamos numa, levemente polida de democracia. Até o Presidente adora esta coisa de nos manter presos.

Afinal, é fácil classificar governos de que não gostamos como autoritários e ditatoriais. Para confundir ainda mais, muitas democracias realmente lidam de forma autoritária com a divergência, assim como se utilizam métodos ditatoriais para alcançarem seus objectivos – mesmo que na maior parte do tempo sejam democráticos e respeitem as regras do sistema político vigente. É o nosso caso mas, respeitar a 100% tem dias, a Constituição e a legalidade sofrem interpretações ditatoriais, são letra morta.

Quando queremos ferir, usamos muitas vezes a versão de Maurice Duverger aplicada a democracia sui generis que vivemos, definida como regime autoritário, mantido pela violência (há muitas formas de violência, veja-se o professor do Curral), de carácter excepcional e ilegítimo (há muita forma de ilegítimo se numa democracia só nos oferecerem nas eleições farinha do mesmo saco). Maurice Duverger diz ainda que ela pode ser conduzida por uma pessoa ou um grupo que impõe seu projecto de governo à sociedade com o auxílio da força (democrática pervertida, a farinha do mesmo saco). Normalmente, os ditadores chegam ao poder por meio de um golpe de Estado, o nosso é um golpe na Democracia, controlando todos os seus aspectos como nos concursos públicos. O filósofo Norberto Bobbio adiciona picante e afirma que a ditadura moderna é um regime caracterizado pela concentração absoluta do poder e pela subversão da ordem política anterior, concordo com a primeira mas se pensarmos na Autonomia não há anterior, por isso andam tantas cabeças a interpretar bem mal, já nasceram na pocilga e não têm comparação. Pensamos em PSD, coligações, Pedro Calado, o betão e as forças ocultas que colocam mandaretes como palhacinhos e testas de ferro democráticos, a soldo, por um tacho.

A ditadura é inevitavelmente centralizadora, o poder fica redundantemente concentrado nas mãos da pessoa ou grupo que governa, com pouca ou nenhuma abertura para o debate político (como isto é tão mortal e próximo). Os espaços de comunicação (social, pública, internet, etc) e de deliberação, costumam ser fortemente regulados ou suprimidos, eu diria que perseguidos de maneira que você entenda como delito de opinião e se cale por sua conta, mantendo os promotores do assédio com as mãos limpas como Pilatos. Claro que nesta ideia estão a imprensa (dependente da facturação do maior cliente, o GR), os poderes legislativo e judiciário (que deixam de ser independentes, como costuma ser de acordo com a divisão dos três poderes). Os partidos políticos, que muitas vezes são proibidos de existir, participar, contrariar e exercer contraditório, minando a sua militância e "comprando" quadros mais inconvenientes, nunca se robustecem perante a hegemonia avassaladora.

Desta forma, calando as vozes da oposição, qualquer que ela seja e muito mais do que partidos, as ditaduras forçam consensos e implementam as suas políticas com poucas ou nenhuma consulta à sociedade. É por isso que o autoritarismo e a violência são duas das marcas de qualquer ditadura. Existiram sempre na nossa Autonomia e agora mais do que nunca, este é um belo momento para dizê-lo por forma as pessoas identificarem mais facilmente.

Termino com uma mensagem aos nossos amigos Miras, colaboracionistas, oriundos da América Latina, tão dada a ditaduras que lhes toldam a cabeça para o outro mundo que também existe. Uma ditadura pode ser comunista, socialista, fascista, militar e até do "proletariado". Há tantas formas, a ideologia não é a ditadura mas sim as pessoas que as interpretam para sua exclusiva conveniência.

 Marcelo Rebelo de Sousa que tudo sabe, ouve e está,
ciente da impunidade, assédios, corrupção, etc,
vai abençoar o regime na sua vinda?

Amigos do CM, eu voltarei sobre esta temática.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 12:29
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