D á que pensar os 80% das adjudicações em março serem obras e por ajuste directo, mesmo sabendo que 50% é do novo hospital.
Dá que pensar a publicidade que a Marca Madeira faz cá dentro quando precisamos de ser vistos lá fora. Parece que somos nós que temos de ser convencidos para fazer turismo cá dentro.
Dá que pensar a permanente assistência financeira às Casas do Povo, quando perdemos a confiança nelas, porque o PSD e o GR sujaram tudo tornando algumas a sua sede partidária, sustentada por dinheiros públicos, num ano especial de Autárquicas.
Dá que pensar o contínuo anúncio de apoios a empresas, que não se vê e é cada vez mais tarde. Tanto engenho para criar empresas na hora mas não pensaram no mesmo para um "apoio na hora". São todos muito "espertos" e é cada vez mais lógico que eles são ditos em montantes para não se saber quem.
Dá que pensar tanto ódio ao cargo de representante da República quando é garante da moderação legislativa dos apetites sectários na ALR, do seu valor na pandemia e no facto de cada vez mais Lisboa ter culpa de tudo e não se usar o cargo para mover influências. Queremos Autonomia mas estamos cada vez mais errantes e dependentes, por culpa própria em governo próprio. Com dívida astronómica e com governo isolacionista, não podemos crescer nem convencer ninguém.
Dá que pensar como os clubes da região na Primeira Divisão definham devagarinho como a própria, sempre no mesmo modelo e sempre com os mesmos, até nos vícios. Parece que depois de entrarem não podem sair porque abre o flanco à descoberta de horrores.
Dá que pensar no metódico aparecimento de figuras candidatas para promoção barata para as Autárquicas, usando os seus cargos públicos, assim como faz impressão como alguns são o governo total e abrasam os seus colegas. É a predação do aparecimento público. Eu cá acho que queima e não promove, veremos em outubro.
Dá que pensar que temos pragas e doenças na anona, no limão, na cereja, nos castanheiros, na vinha, etc, para além da razia nas bananeiras no recente temporal e não se vê o secretário da agricultura a se mexer. Eu cá acho que as alterações climáticas já se fazem sentir nas culturas e algumas bestas ainda pensam em agredir a Laurissilva.
Dá que pensar como o deputado madeirense e socialista mais graduado da Assembleia da República anda a minar o PS e substituiu quase todos no PSD nos contactos com Lisboa. Anda a executar trabalho para o PSD vencer, o que é bem diferente de ser em favor da Madeira, até porque tem tiques de PSD na manutenção de esquemas no CINM.
Eu acho que a onda é de mudança nos modelos económicos, mas verdes e mais solidários, mas por cá "tasse" bem, dá que pensar se vier uma regra travão quando se lê 80% para obras e o dinheiro vem para a Saúde, o social e a recuperação do tecido empresarial.
