J á muito se disse e escreveu sobre o CDS-Madeira e os dinheiros recebidos nas contas pessoais de alguns elementos, incluindo o seu líder. Se as notícias chocaram, então o que dizer sobre as reacções, justificações e tentativas de branqueamento da informação veiculada?
A lata desta gente não pára de surpreender. Mas há que questionar os porquês destas atitudes que também levaram uma Comissão Política a dar um voto de confiança e assobiar para o lado, perante a escandaleira gerada na praça pública.
Branquear, desvalorizar, minimizar. Eis a estratégia de um líder fraco que, em tempos, teve a sorte de ser “adoptado” por um ex-líder experiente, inteligente e estratega. Mas no melhor pano cai a nódoa e os meninos de côro, alegadamente bem comportados, também fazem das suas. Pela calada.
Rui Barreto disse recentemente «podem escrever o que quiserem, podem ofender o que quiserem, podem vomitar o que quiserem», até porque afirma que está de «consciência tranquila». Mas … qual consciência?
- Aquela que lhe diz todos os dias que ser secretário regional de um Governo faz com que todos os fins justifiquem os meios?
- Aquela que lhe diz todos os dias que há que assegurar a todo o custo a parceria com o PSD, caso contrário há uma crise governativa e lá se vai o castelo de cartas?
- Aquela que lhe diz todos os dias que parece um sonho tornado realidade ter dezenas de militantes do CDS a ocupar cargos e posições nunca antes experimentadas?
Qual consciência, senhor Barreto? Ou será que em vez de consciência queria dizer ganância?
«A minha ganância está tranquila». Mais adequado, ou não?
Diz que não é ilegal o que fez. Mas então e a ética? E a imoralidade onde ficam? Tentar desvalorizar em vez de assumir como um homenzinho – é o que se espera de um líder – revela uma fraqueza de carácter que só é sustentada, ignorada ou aturada por aqueles que traem um dos fundamentos mais importantes do seu partido politico: «Propor para a sociedade portuguesa um modelo assente nos valores éticos, sociais e democráticos do humanismo personalista de inspiração cristã».
Shame on you, Mr. Barreto.
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