Assalto à Banana Armada

 

Quem de dois, nove cêntimos tira, quantos fica?

O pedante do Secretário da Agricultura, anunciou recentemente que a sua GESBA pagaria mais 2 cêntimos/kg de Banana. Esqueceu-se de informar à imprensa e ao público em geral que, no fim do mês, a GESBA retira 9 cêntimos por Kg ao preço de compra. Ou seja, com fome de boa imprensa e de brilhar a qualquer custo aos olhos dos Madeirenses, tentaram “pregar uma peta” com uma esmola como se tal fosse uma façanha. 

Quem dá e tira nasce-lhe uma tira!!!

A gestão perdularia, inconsequente e desrespeitadora da entidade GESBA e do seu secretario fantasia, manifesta-se nestes e em tantos outros pormenores. Dos enormes lucros da GESBA, porque não aplicar esses lucros na estabilização anual dos preços pagos ao Baninicultor? Manter o rendimento estável, ou seja, sempre o mesmo preço de compra, utilizando os fartos lucros obtidos com as operações de revenda da nossa banana, é pedir muito?

Que interessante seria consultar as contas (exercício) anuais da empresa de capital público GESBA. Manter segredo é no mínimo suspeitoso e no máximo mafioso. A GESBA ainda é uma empresa de capital público, as suas contas, aplicações e atos de gestão devem ser do conhecimento público. O que escondem?!

A matéria-prima (Banana) é obrigatoriamente vendida à GESBA, caso contrário o produtor perde a compensação comunitária, mas os fundos comunitários são destinados aos produtores, então aceitem e respeitem o princípio da transparência dos dinheiros públicos. 

As contas da empresa pública GESBA devem ser do conhecimento publico! Em que contexto e com que fundamento mantêm as contas secretas? O que vos impede? Ou qual a razão dessa reserva!? É só para os olhos dos seus gerentes e da tutela governativa? 

Estará a GESBA a se preparar para abrir o seu capital a sócios privados, assim tipo entrada no capital social por parte da AFA do Avelino da Calheta ou da Empresa de Cervejas da Madeira … Será que andam a preparar uma dessas? Por essas evidências, secretismo e ocultação, a suspeição é a única ilação possível.


As contas da Gesba, organização que se apropriou tiranicamente do direito do produtor em comercializar livremente o seu produto, devem ser transparentes e acessíveis. É imperativo saber quanto ganham e que aplicação é dada aos lucros da revenda do produto do nosso trabalho e risco. 

Os morgadios e os morgados acabaram há muito. Conhecer o valor e mais-valias depois da venda pela GESBA é no mínimo justo!

Esta inaudita montagem e manipulação ardilosa de distribuição de fundos europeus pelo governo regional, a seu dia será exposta a portas do Parlamento Europeu em Estrasburgo ou na da Comissão Europeia em Bruxelas. Os contribuintes líquidos Holandeses, Alemães, Suecos, Italianos etc., saberão o que, e o como os seus impostos são utilizados para humilhar e escravizar os agricultores da Banana da Ilha da Madeira.

Justificações e enquadramentos, tipo “histórias da carochinha” por exemplo; as cooperativas em 2007 e os despachos vingativos e desalmados do antigo presidente do governo, não servem mais de base para a manutenção destas regras absurdas e desrespeitadoras da circulação de bens transacionáveis e de mercado aberto. 

Os valores disponibilizados pela Europa para a compensação aos agricultores de Banana da Madeira a eles lhes pertencem, não a uma entidade intermediaria. 


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Quarta-feira, 28 de Abril de 2021 01:30
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