As "letras pequenas" na política


T odos nós sabemos que o importantíssimo para nós consumidores vem em letras pequenas dos nossos fornecedores de bens e serviços, só verdadeiramente revelados no momento de um diferendo quando o reclamante nota o jogo de fuga de responsabilidades do fornecedor. Tantos e tantos casos. Neste assunto, até em exagero, não há país mais eficaz com a sua justiça do que os Estados Unidos. Tanto que até é preciso avisar para não colocar o gato a secar no microondas porque senão morre.

Mas nem só desta relação temos queixa. O que dizer dos políticos que usam a mentira e as falsas promessas para chegar ao poder? As campanhas eleitorais, deveriam estar sujeita à obrigatoriedade de emitir em concreto os compromissos para a legislatura, para que cada um tenha base de decisão, porque cada vez mais temos confusões e acusações mas não compromissos para ponderarmos concretamente em quem votar. Por outro lado, tal como um político é obrigado a declarar a sua "riqueza" antes de entrar em funções, também deveria haver um organismo que avaliasse e alertasse o eleitor para a falta de "cumprir" dos compromissos. Alguém que avalie, por exemplo, o que foi prometido para os portos e como foi embrulhado num caso de justiça para descartar ou no caso do ferry que acabou com culpas em Lisboa.

Nem só de produtos e serviços estamos sujeitos a letras pequenas que temos de fotografar com o telemóvel para ampliar, podemos até fazer vídeos de campanhas eleitorais que nem letras pequenas surgem, só confusões e a cobertura dos mesmos. É assim que a exigência é mínima e nenhuma e é por isso, perante falta de responsabilidade e de exigência de qualidade que vemos cada vez mais trastes na política para resolver a sua vida.

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Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 30 de Abril de 2021 10:33
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