A vacina Astrazeneca, a Saúde Pública regional deveria se pronunciar.


A nossa Saúde tendo vacinas da Astrazeneca para administrar aos madeirenses e não tendo parado deveria se pronunciar sobre a mesma quando tantos países estão a suspender a sua administração no total ou por faixas etárias.

Quando surgiram fortes dúvidas e na aflição de vacinas, alguns tentaram acalmar as pessoas falando de um lote, no entanto, esse fundamento perdeu pernas para andar com mais países com outros lotes a tomar a mesma decisão de suspensão.

Inicialmente, e como em todas as vacinas, quis se saber da eficácia e das contra-indicações. Os efeitos indesejáveis mais frequentes da AstraZeneca conhecidos através dos ensaios clínicos foram geralmente ligeiros ou moderados e melhoraram alguns dias após a vacinação. Os frequentes são dor e sensibilidade no local de injecção, dor de cabeça, cansaço, dores musculares, sensação geral de mau estar, calafrios, febre, dores nas articulações e náuseas. Estes efeitos notaram-se em 1 pessoa (não chegando a duas na média) em cada 10. Na mesma proporção também se registaram vómitos e diarreia. Já na proporção de 1 em cada 100 deu-se a diminuição do apetite, tonturas, transpiração, dor abdominal e erupção na pele.

Estas reacções alérgicas nas pessoas que receberam a vacina é similar às outras, por isso se espera 30 minutos depois da vacinação para perceber a natureza de cada pessoa como a tolera ou reage. É preciso realçar que mais de oito e mais de 98 conforme for em 10 ou 100, nada reportam.

O alarido nos meios médicos, governativos e noticiosos deve-se, naturalmente, a que nada do reportado nos ensaios clínicos detectou o que agora se toma conhecimento na maior experiência no terreno e que dizem também lhe estar associada. Ouve-se falar em coágulos no sangue, embolia ou hemorragia cerebral, trombose, etc, mas a curiosidade é que há países que desaconselham a vacina em pessoas activas e não a reformados (faixas etárias superiores e mais sujeitas àquelas reacções).

É de bom senso ter cuidado quando se desconhece as razões ou coincidências, tratando-se de Saúde Pública e sendo uma vacina que se pretende aplicar na Região, a pausa seria a medida de precaução mais aconselhada. No entanto, vamos prosseguir, e é neste âmbito, com explicações e pedagogia que os responsáveis pela Saúde Regional deveriam vir a público, num acto de responsabilidade, explicar. Nada disto aconteceu. Usa-se o silêncio e a omissão enquanto as pessoas, cada uma por si, se vê obrigada a ir vacinar para não ser mal vista ou relegada para o fim, já que não pode escolher a vacina que deseja.

Escrevo para o CM para provocar justamente uma reacção clara dos responsáveis pela nossa Saúde. Não se entende porque não foi provocado todavia pela comunicação social, se foi, as minhas desculpas, não vi mas ando atenta.

O que é que os outros sabem e que nós desvalorizamos?

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 3 de Abril de 2021 15:03
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