2 diabos, 2 jornalistas e 3 estagiários no Quebra Costas

 

B oa noite, fala Lúcifer, o diabo original e não essas copias reles que andam aí na pluitica. O diabo soube que a Extraterrestre das Mamas está acampada para uma consulta de ginecologia há uma semana no Centro de Saúde mas, aquilo só dá Covid. Então pensei, vou picá-la, aquele dedinho já deve andar excitado de tanto para cima e para baixo ... no Face. Quando me ver com a trotinete vai subir paredes.

Atão, o ponto do Estado de Sítio é este, o Correio da Madeira recebeu estagiários do curso de jornalismo e, os jornalistas idóneos, a primeira coisa que fizeram foi pô-los longe dos maus exemplos do ensebado do Chefe de Redacção. De vez em quando dá-lhe para fazer sondagens e começa a telefonar para a lista de militantes do PuPuDê, o que é mais ou menos o mesmo que o Prada a fotocopiar boletins de voto. 

Para ocupar a malta, os jornalistas idóneos tiveram a brilhante ideia de ensinar algo essencial em Jornalismo na Madeira, andar de trotinete eléctrica. E lá foram fazer o ponto de embraiagem numa rampa muito particular, do tipo só "instrutores de condução" conhecem. Cheira a complô a toda a hora, como bolachas Maria na Travessa do Forno. Sem pensar muito, cada um dos três jornalistas idóneos levou o seu estagiário em cima da trotineta, o que dá o triplo do grupo parlamentar do CDS na nossa Assembleia. Ajoujou mas andou. Lição #1, desligar o GPS na passagem pela Quinta das Angústias.

Com 6 encavalitados de trotinete no empedrado da Rua da Carreira, um praguejava: - os ambientalistas são um bando sadomasoquistas das ginjas, porque sem alcatrão é que aquilo é mesmo um degelo, 6 homens a roçar dá a anedota da parada com as cuecas ao contrário. O líder dos jornalistas idóneos acalmou, estamos a chegar e o estagiário mais espevitado lê "Quebra Costas" e pergunta:

- Mas o que há de especial aqui para fazer o ponto de embraiagem?

- Ó, ó, tens o professor do ponto de embraiagem. Vamos discretamente para o beija-mão ao patriarca do jornalismo madeirense no pós 25 de Abril, entretanto desencaminhado para a política que o deixou senil. Um exemplo a não seguir.

Em pleno esforço, acaba de repente a bateria, e lá se foi a mentirinha da embraiagem. Num alvoroço típico da filharada dos bodes no vandalismo em Porto Santo, era impossível o velho não meter o bedelho:
- Então que tal vai isso?
Avisa um jornalista idóneo ao estagiário, este é um exemplo de assédio, não mete prego sem estopa.
- Precisam duma extensão para carregar a trotinete?

- Não, vamos carregá-la mas às costas, somos seis.
- Veja lá, cobro barato, só uma piçada no bronco do plágio do Turismo, olha-me ela aqui, até dá choques. Ponho os dedos para confirmar que tem corrente?

Ele pôs mas, mas é tão ruim e sem cabelo que nada eriçou, esperto. Ia dar a extensão sem corrente para levar mais tempo a desencaminhar os estagiários para o JM.

- Senhor Dr., o senhor está mal acostumado, não me vendo! Bem sei que está habituado a ver luvas nesta rua mas, olhe que não pago na hora como a namorada do bébé Sousa. Querem ver que recebe 100 e dá 50 aos artistas, assim, daqui por um ano compra o vasilha torta do Lobo Marinho, dizem que ela é armadora. Ela aprendeu aqui consigo? Uiii, se levar muitos anos também arranja 6000 milhões sem ninguém perceber.

- Vai "arrencare", estagiários, vocês viram muito Flintstones (os Picapiedra para os Miras) quando eram mais crianças? Então bota pézinho fora da trotinete que ela agora é muscular. Não se chega a acordo com o papadas.

Ciao padrinho!