N a semana passada percebemos muita coisa quanto a premiar gente que é capaz de ser nefasta à Madeira mas progride na carreira pessoal, é não atingir objectivos mas receber sempre o prémio, parecem gestores bancários. Foi o inquinador do ferry e o inquinador dos animais, levam vento pela popa. É natural que depois da instrumentalização de um lugar que deve ser "apartidário", como o de Provedor, que denominação se torne pejorativa e hoje apetece-me perguntar se vamos ter uma Provedora das Ginjas?!
Qual não é o meu espanto, vejo o Henrique Costa Neves, que já é comentador no Diário de Notícias, hoje na secção das Cartas do Leitor daquele matutino. Viu-se obrigado a restabelecer a verdade, a qual muitos desconfiavam ter sido ultrapassada por uma intervenção sobre as Ginjas, no mesmo matutino, e que a todos os desinteressados no betão e alcatrão mas interessados em preservar a Laurissilva, deixou incrédulos. Afinal há uma explicação e o íntegro Henrique Costa Neves teve a bondade de esclarecer:
Vem a Sr.ª Dr.ª Paula Marília Figueira, afirmar num seu artigo de opinião publicado no DN de 19 de Março, que foi o Eng.º Silvicultor Eduardo de Campos Andrada, que nos anos 60-70, procedeu à abertura do caminho das Ginjas, e que o deixou em terra batida por falta de verbas da República. Tal não corresponde minimamente à verdade. Esse caminho/estrada, foi aberto, no final dos anos 70 - início de 80, pelos Serviços Florestais de então, com sede na Ribeira Brava. Nessa altura, já cá não estava há vários anos o Eng.º Campos de Andrada. Fui contemporâneo dessa tropelia, e nela recusei participar. Conheci e convivi pessoalmente com o Eng.º Campos de Andrada, pessoa de altas qualidades técnicas e humanas. Guardo com muito apreço, um livro por ele publicado e que me foi oferecido pelo próprio, com uma sua extensa dedicatória. (Repovoamento Florestal do Arquipélago da Madeira, 1952-1975). Nesse livro nada consta sobre este assunto das Ginjas.
