Sagazes

 

A Sara Madalena na Ponta do Sol e o Dinarte Fernandes em Santana são os únicos centristas com algum poder que se mantêm lúcidos no CDS. Tentam manter votação directa para lhes serem reconhecidos créditos políticos. No entanto, contaram com a má vontade daqueles que estando perto são uns amigos da onça.

Os passos dados pela actual liderança do CDS afunilam o partido para a pena capital. Com o seu desaparecimento, só os colaboracionistas do seu fim serão elegíveis, ou não, para prosseguir na política se a solidariedade do PSD Madeira os mantiver vivos mas ligados à máquina do PSD. O CDS enquanto partido tem os seus dias contados, é tanto assim que é ver os seus lideres actuais a ter atitudes para cair em graça nas duas vertentes do PSD, de Albuquerque e de Jardim. Continuam a olhar para o sucesso com o seu umbigo. 

No contexto de poder, uma coisa é ser nativo do PSD, outra é ser do CDS. Por natureza, o social-democrata fica com o lugar, a não ser que o CDS tenha algo para negociar, como na coligação pôs eleitoral mesmo com péssimo resultado. Um CDS incapaz de trazer votos é inútil e se não os consegue contabilizar serão omissos no futuro para lugares. O CDS negoceia lugares nestas Autárquicas com base nos votos da anterior eleição do poder local. E daqui a 4 anos qual será a referência?

Os centristas acham que a lua de mel vai durar mas, basta ver até com social-democratas, como há de primeira, segunda e terceira com os Renovadinhos. Seriam os centristas a última coca-cola do deserto? O PSD nada mais fez do que domar os centristas como os primeiros fazem com os inconvenientes do seu partido, os que fraquejam com uma graça, um interesse que lhes compre o silêncio. Os agora embevecidos por tachos negociados com PSD, devem entender que negociaram com os Renovadinhos e não com o PSD, basta mudar e acabou o jogo. Pode ser num ápice, Calado perdendo no Funchal e Albuquerque a contas com a Justiça. Não nos esqueçamos que, a capacidade de silenciamento do nosso parlamento, para nada conta na contenda da imunidade de Miguel Albuquerque, podem evitar, por exemplo, que Pedro Ramos não dê a cara por números omissos da Covid-19 mas, a imunidade de Albuquerque é retirada pelo Conselho de Estado, lá está Marcelo de novo como pedra no sapato. Albuquerque tem retorno nos seus insultos gratuitos.

Os actuais líderes do CDS devem observar os sintomas da catástrofe. O PSD cedeu lugares ao CDS pela lógica do seu valor eleitoral de há 4 anos mas o CDS, em Santana, não aceita sequer coligação pela lógica de vitória simples. O PSD também teve votação para ser considerado. Mas quanto vale o CDS agora, quando antes o voto foi em Teófilo Cunha? Igual à situação de Miguel Silva Gouveia no Funchal. Na capital o CDS subscreve Pedro Calado mas em Santana o CDS não se deixa subscrever pelo PSD. Não está fácil de ver erros políticos para cobrar?

O CDS não tem posição para ter gula, é assim que dá razões para o PSD começar a cortar. Num instante, a deputada do PSD aproveita o precedente para se propor ao partido como candidata pelo PSD em Santana. Depois de um farmacêutico segue uma enfermeira? Não acham que, mesmo sendo candidata fraca, que o PSD vai aproveitar a brecha para conquistar mais umas posições ao CDS na vontade de voltar à hegemonia?

Dos 3 sagazes, a mais inteligente é a Madalena ... veremos num futuro próximo.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 21 de Março de 2021
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