A ntes que alguém se arme em mártir por estar a ser vítima de assédio esclareçamos que o termo piurso significa chateado, zangado, descontrolado, ou ainda furioso e pelo que consta nos gabinetes Pedro Calado anda piurso da vida.
O assédio não existe em política, todos os bons políticos sabem-no e por isso têm de ter arcaboiço e cabedal para suportar as adversidades, que o digam Paulo Martins e Guida Vieira a quem Alberto João Jardim fartou-se de chamar de “Boi cambado” e “Vaca zarolha”, isso sim rasca e depreciativo.
Que fique claro que não criticamos pessoas, chame-se ele Pedro ou Amelinha. Criticamos atos que, segundo a jurisprudência, os políticos como figuras públicas têm de se submeter e estar habituados à crítica. É a regra do jogo!
Verdade seja dita que tudo está a correr mal ao candidato do PSD/CDS pelo Funchal por culpa própria. Sempre que chove ou faça sol apressa-se a aparecer nos Mass Media, força do controlo que tem sobre os jornais do regime, atirando tudo o que tem contra da gestão autárquica de Miguel Gouveia.
Decididamente Pedro Calado prepara-se muito mal e é cada tiro cada melro, cada cavadela cada minhoca. Ainda não aprendeu que deve deixar os palpites científicos para quem de direito. Depois da tese de como num dia que choveu mais do que o 20 de fevereiro de 2010 logo se concluiu em tese que as obras das ribeiras foram um sucesso, esquecendo-se precisamente que a ribeira canalizada onde mora o Presidente do Governo transbordou.
Mas não parou por aqui e como a culpa é sempre dos outros, acusou a Autarquia do Funchal de não limpar as ribeiras quando a responsabilidade das linhas de água é do Secretário Regional que o acompanhou e que ficou calado que nem um rato. E se um calado incomoda muita gente, dois calados incomodam muito mais!
E o pior é que nem é a oposição institucional se vê a critica-lo mas sim milhares de “pata rapadas” nas redes sociais que o seu Governo não consegue controlar. As eleições autárquicas ainda vão no adro e mesmo sem oposição, o político Pedro Calado não consegue provar a sua tese, antítese e síntese, pilares de qualquer dialética digna do nome.
Habituemo-nos, porque sempre que Miguel Gouveia der um traque, Pedro Calado vai aparecer na televisão a fazer figura de urso.
Como o compreendemos! É triste quando se tem o poder do nosso lado e se julga que se vai fazer um brilharete político e afinal borra-se sozinho a pintura.
Como dizia Heráclito, o pai da dialética, "tudo flui e nada permanece" e um dia a verdade dos factos virão ao de cima.
