Então e o radar do Porto Santo?
D epois de ver as notícias da RTP M, mais propriamente a peça do Sr. Presidente do GR a dizer que a falta de aviões no aeroporto reduz a qualidade das previsões do tempo na Região, a pergunta que fica é: como assim?? Caricato! Só um à parte, falta aviões? O Eduardo Jesus sempre inventa aviões?
Gastaram 3 milhões para instalar um radar meteorológico no Porto Santo para quê? Para além do mamarracho ferir a paisagem fico a saber que aquilo não serve para nada?
De facto os aviões têm um radar no nariz para controlar a meteorologia, para poderem evitar tempo perigoso em rota mas é algo local para o seu serviço. Os pilotos fazem fé na previsão meteorológica da zona a voar feita em terra para planear o voo e recebem periodicamente de terra no cockpit as actualizações, de duas em duas horas ou se houver mudanças repentinas ou significativas é emitida uma actualização imediata.
Por acaso o Sr. Presidente do GR está já a preparar terreno? Mais culpas a outros?
O radar meteorológico dos aviões é de proximidade em linha de rota, não de zona como o que temos no Porto Santo, logo muito mais eficaz e pormenorizado. Existem 3 dificuldades no radar meteorológico de bordo dos aviões, um é o "retorno do solo" que dificulta o piloto na distinção do que é na verdade uma formação meteorológica daquilo que é um retorno causado pela interferência do relevo que sobrevoa. Outro é a "atenuação", ou seja, quando o radar desempenha a sua função na primeira formação meteorológica mas tem outra por trás e não capta no todo ou não mostra a total realidade. A terceira dificuldade é o limite do raio de acção que provoca as distorções de distância e foco na imagem recebida pelo radar, o que pode levar a interpretações erradas. Por estas razões, o continuo suporte de terra é importante e o principal. O radar meteorológico de bordo auxilia na navegação aérea.
Sr Presidente, foi de borla, não preciso de tacho.
